Avaliação do efeito do selênio na resposta inflamatória da obesidade

  • Daniele Campos Cunha Nutrição do Centro Universitário Estácio do Ceará, Fortaleza, Ceará, Brasil.
  • Maria Luiza Lucas Celestino Nutrição do Centro Universitário Estácio do Ceará, Fortaleza, Ceará, Brasil.
  • Alexsandra Silva Thé Lessa Pós-graduação em Saúde da Família da Universidade Federal do Ceará, UFC-Fortaleza, Ceara, Brasil.
  • Gabriela das Chagas Damasceno Educação Física do Centro Universitário Unicatólica de Quixadá, Quixadá, Ceará, Brasil.
  • Camila Araújo Costa Lira Nutrição do Centro Universitário Estácio do Ceará, Fortaleza, Ceará, Brasil.
  • Karoline Sabóia Aragão Docente do curso de Nutrição do Centro Universitário Estácio do Ceará, Fortaleza, Ceará, Brasil.
Palavras-chave: Obesidade, selênio, Antioxidante

Resumo

Introdução: A obesidade está ligada a um quadro de inflação crônica e de baixa intensidade com liberação de inúmeras citocinas pró inflamatórias, induzindo, assim, diversas patologias. O Selênio (Se) tem sido relacionado à redução do risco de doenças crônicas não transmissíveis devido as suas funções antioxidantes e anti-inflamatórias. Objetivo: Avaliar o efeito do selênio na resposta inflamatória da obesidade. Materiais e Métodos: estudo transversal, quantitativo e descritivo dos pacientes obesos que chegaram para assistência ambulatorial em uma Unidade Básica de Saúde. Foram coletados dados acerca da avaliação antropométrica com a aferição do peso, da altura, da circunferência da cintura (CC) e relação cintura-quadril (RCQ). Além disso, foi analisado o consumo alimentar através do recordatório 24hrs (R24h), no intuito de determinar a ingestão diária de selênio. Resultados: foram avaliados 42 pacientes. 47,62% encontravam-se com obesidade grau I, 33,33% encontravam-se com obesidade grau II e 19,05% encontravam-se com obesidade grau III. Foi observado que a maioria (88,1%) apresentavam risco muito aumentado de CC e que o índice de RCQ foi maior entre os homens (87,5%). Para a análise do consumo de Se verificou-se que 78,57% atingiram a recomendação diária, e que 21,43% não atingiram a recomendação além disso, o nível de obesidade era menor no grupo que consumia maior quantidade de Se. Discussão: A prevalência de obesidade tem aumentado na população estando associada ao aparecimento de outras comorbidades e o selênio possui importantes funções no processo da obesidade. Conclusão: O selênio pode está diretamente ligado no processo da obesidade e suas comorbidades.

Referências

-Amer, N.M.; Marcon, S.S.; Santana, R.G. Índice de Massa Corporal e Hipertensão Arterial em Indivíduos Adultos no Centro-Oeste do Brasil. Arq Bras Cardiol. V. 96. 2011. p. 47-53.

-Arnaud, J.; Bertrais, S.; Roussel, A.M.; Arnault, N.; Ruffieux, D.; Favier, A.; Berthelin, S.; Estaquio, C.; Galan, P.; Czernichow, S.; Hercberg, S. Serum selenium determinants in French adults: The Suvimax study. Br. J. Nutr. Vol. 95. Num. 2. 2006. p.313-320.

-Arnlöv, J. Impact of body mass index and the metabolic syndrome on the risk of cardiovascular disease and death in middle-aged men. Circulation, Uppsala. Vol. 121. Num.2. 2010. p. 230-236.

-ABESO. Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica Diretrizes brasileiras de obesidade. Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. 3ª edição. AC Farmacêutica. 2009.

-Borrell, L.N.; Samuel, L. Body mass index categories and mortality risk in US adults: the effect of overweight and obesity on advancing death. Am J Public Health. Vol.104. 2014. p.512-519.

-Brasil. Saúde Feminina. 2009. Acessado em 12/12/2016. Disponível em:

-Castanheira, M.; Olinto, M.T.A.; Gigante, D.P. Associação de variáveis sociodemográficas e comportamentais com a gordura abdominal em adultos: estudo de base populacional no Sul do Brasil. Cad Saúde Pública. Vol. 19. Num. 1. 2003. p. 55-65.

-Combs, G.F.; Watts, J.C.; Jackson, M.I.; Johnson, L.K.; Zeng, H.; Scheett, A.J.; Uthus, E.O.; Schomburg, L.; Hoeg, A.; Hoefig, C.S.; Davis, C.D.; Milner. J.A. Determinants of selenium status in healthy adults. Nutr J. Vol. 10. Num. 75. 2011.

-Cominetti, C. Efeitos da suplementação com castanha-do-Brasil (Bertholletia excelsa HBK) sobre o estresse oxidativo em mulheres obesas e sua relação com o polimorfismo Pro198Leu no gene da glutationa peroxidase 1. Universidade de São Paulo. 2010.

-Cozzolino, S.M.F. Biodisponibilidade de nutrientes. 2ª edição. Manole. 2007. p.991.

-Finkelstein, E.A.; Khavjou, A.O.; Thompson, H.; Trogdon, J.G.; Pan, L.; Sherry, B. Obesity and severe obesity forecasts through 2030. Am J Prev Med. Vol. 42. Num.6. p.563-70. 2012.

-Gigante, D.P.; Franca, G.V.; Sardinha, L.M.; Iser, B.P.; Melendez, G.V. Temporal variation in the prevalence of weight and obesity excess in adults: Brazil, 2006 to 2009. Rev Bras Epidemiol. Vol.14. 2011. p.157-65.

-Kim, J.E.; Choi, S.I.; Lee, H.R.; Hwang, I.S.; Lee, Y.J.; AN, B.S.; Lee, S.H.; Kim, H.J.; Kang, B.C.; Hwang, D.Y. Selenium significantly inhibits adipocyte hypertrophy and abdominal fat accumulation in OLETF rats via induction of fatty acid β-Oxidation. Biol. Trace Elem. Res. Vol. 150. Num. 1-3. 2012. p. 360-370.

-Kimmons, J.E.; Blanck, H.M.; Tohill, B.C.; Zhang, J.; Khan, L.K. Associations between body mass index and the prevalence of low micronutrient levels among US adults. Med. Gen. Med. Vol. 8. 2006. p. 59.

-Klein, S.; Allison, D.B.; Heymsfield, S.B.; Kelley, D.E.; Leibel, R.L.; Nonas, C.; Kahn, E. Waist circumference and cardiometabolic risk. Diabetes Care. Vol. 30. Num. 6. 2007. p. 1647-52.

-Klish, M.D. Comorbidades e complicações da obesidade em crianças e adolescentes. 2016. Disponível em: . Acesso em: 15/12/2016.

-Lee, Y.S.; Kim, Y.A.; Choi, J.W.; Kim, M.; Yasue, S.; Son, H.J.; Masuzaki, H.; Park, K.S.; Kim, J.B. Dysregulation of Adipose Glutathione Peroxidase 3 in Obesity Contributes to Local and Systemic Oxidative Stress, Molecular Endocrinology. Vol. 22. Núm. 9. 2008. p. 2176-2189.

-Lohman, T.G.; Roche, A.; Martorell, R. Anthropometric standardization reference manual. Abridged Edition. Champaign, IL: Human Kinetics. 1988.

-Lourenço, L.; Rubiatti, A.M.M. Perfil nutricional de portadores de obesidade de uma unidade básica de saúde de Ibaté-SP. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São Paulo. Vol. 10. Núm. 55. p.25-39. 2016.

-Machado, S.P.; Rodrigues, D.G.C.; Viana, K.D.A.L.; Sampaio, H.A.C. Correlação entre o índice de massa corporal e indicadores antropométricos de obesidade abdominal em portadores de Diabetes Mellitus tipo 2. Revista Brasileira de Promoção em Saúde. Vol. 25. Núm. 4. 2012. p.512-520.

-Manios, Y.; Kourlaba, G.; Grammatikaki, E.; Androutsos, O.; Ionoannou, E.; Roma-Giannikou, E. Comparison of two methods for identifying dietary patterns associated with obesity in preschool children: the Genesis study. European Journal of Clinical Nutrition. Vol. 64. 2010. p. 1407-1414.

-Möttus, R.; Allik, J.; Esko, T.; Realo, A.; Deary, I.J.; Metspalu, A. Personality traits and eating habits in a large sample of Estonians. Health Psychology. Vol. 31. Núm. 6. 2012. p. 806-14.

-Pinheiro, A.B.V.; Lacerda, E.M.A.; Benzecry, E.H.; Gomes, M.C.S.; Costa, V.M. Tabela para avaliação do consumo alimentar em medidas caseiras. 5ª edição. Rio de Janeiro. Editora Atheneu. 2004.

-Silva, I.M.C.; Sá, E.Q.C. Alimentos funcionais: um enfoque gerontológico. Rev Bras Clin Med. Vol.10. Num.1.2 2012. p.24-8.

-TACO. Núcleo de Estudos e Pesquisa em Alimentação. Composição de alimentos por 100 gramas de parte comestível. Tabela brasileira de composição de alimentos - TACO. 4ª edição. 2011.

-Teixeira, P.D.S.; Reis, B.Z.; Vieira, D.A.S.; Costa, D.; Costa, J.; Raposo, O.F.F.; Wartha, E.R.S.A.; Netto, R.S.M. Intervenção nutricional educativa como ferramenta eficaz para mudança de hábitos alimentares e peso corporal entre praticantes de atividade física. Ciência & Saúde Coletiva. Vol. 18. Num. 2. 2013. p. 347-356.

-Thomson, C. D. Assessment of requirements for selenium and adequacy of selenium status: a review. European journal of clinical nutrition. Vol. 58. Núm. 3. p. 391. 2004.

-USA. Us National Academy of Sciences. Dietary Reference Intakes for vitamin C, vitamin E, selenium and carotenoids. Washington DC. National Academy Press. 2000. p. 506.

-Vigitel Brasil 2013. Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2013. Brasília-DF.

-WHO. World Health Organization. Physical status: the use and interpretation of anthropometry. Geneva; 1995. WHO technical report series. Vol. 854. p. 2009-6. 2011.

Publicado
2022-02-07
Como Citar
Cunha, D. C., Celestino, M. L. L., Lessa, A. S. T., Damasceno, G. das C., Lira, C. A. C., & Aragão, K. S. (2022). Avaliação do efeito do selênio na resposta inflamatória da obesidade. RBONE - Revista Brasileira De Obesidade, Nutrição E Emagrecimento, 14(90), 1171-1179. Recuperado de https://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/1535
Seção
Artigos Cientí­ficos - Original