Análise de resto ingestão em uma unidade hospitalar obstétrica na cidade de Quixadá-CE

  • Ana Ilmara Ameida Maciel CISNE Faculdade de Quixadá, Quixadá, Ceará, Brasil.
  • Cristiano Silva da Costa CISNE Faculdade de Quixadá, Quixadá, Ceará, Brasil.
  • Francisca Lêidiane Santos Leandro Centro Universitário Estácio do Ceará, Fortaleza, Ceará, Brasil.
  • Sanmera Sayonara Gomes Duarte CISNE Faculdade de Quixadá, Quixadá, Ceará, Brasil.
  • Francisca Alcina Barbosa de Oliveira CISNE Faculdade de Quixadá, Quixadá, Ceará, Brasil.
  • Cléber de Sousa Silva CISNE Faculdade de Quixadá, Quixadá, Ceará, Brasil.
Palavras-chave: Desperdício de alimentos, Planejamento de cardápio, Serviço Hospitalar de Nutrição

Resumo

Objetivou-se avaliar o resto ingestão de refeições servidas a pacientes em uma unidade obstétrica de um hospital do município de Quixadá, Ceará. Durante 10 dias foi realizada a análise de resto ingestão em uma unidade de obstetrícia, a qual comporta 24 leitos. O resto ingestão foi obtido calculando-se a razão, expressa em porcentagem, entre o peso da refeição rejeitada, abatendo-se o peso dos ossos e o peso da refeição distribuída. Calculou-se o percentual de resto ingestão da refeição de cada paciente, obtendo-se, posteriormente, a média diária e pôr fim a média dos 10 dias. Foram considerados como valores aceitáveis de índice de resto ingestão resultados iguais ou inferiores a 20%, limite tolerável para populações enfermas. Ao avaliar o índice de resto ingestão verificou-se que na maioria dos dias, o percentual foi inferior a 20%. A média de resto ingestão dos 10 dias, foi 17,6%, destacando-se como aceitável. Ao avaliar a per capita de resto ingestão observou-se uma variação de 42,7g a 128,6 g e uma média 75,6g. Foi verificada uma ausência de padronização na pesagem das refeições, pelo fato de a unidade ainda não trabalhar com padronização de cardápios. Os níveis aceitáveis de resto ingestão na maioria dos dias analisados indica que o desperdício de alimentos no local não é alto. Contudo, o controle diário de resto ingestão deve ser incentivado, objetivando menores custos para a instituição redução de danos ao meio ambiente.

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Publicado
2022-07-03
Como Citar
Maciel, A. I. A., Costa, C. S. da, Leandro, F. L. S., Duarte, S. S. G., Oliveira, F. A. B. de, & Silva, C. de S. (2022). Análise de resto ingestão em uma unidade hospitalar obstétrica na cidade de Quixadá-CE. RBONE - Revista Brasileira De Obesidade, Nutrição E Emagrecimento, 15(94), 462-469. Recuperado de https://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/1732
Seção
Artigos Cientí­ficos - Original