Fatores de risco cardiovascular em universitários

  • Marilene da Cruz Oliveira da Cruz Oliveira Departamento de Enfermagem. Centro Universitário Campos de Andrade.
  • Gleidson Brandão Oselame Departamento de Enfermagem. Centro Universitário Campos de Andrade. Curitiba - Paraná - Brasil. Enfermeiro. Mestre em Engenharia Biomédica. Programa de Pós Graduação em Engenharia Biomédica - Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
  • Denecir de Almeida Dutra Geógrafo pela Universidade Federal de Santa Maria, Doutor em Geografia da Saúde.
  • Cristiane Oselame Nutricionista. Especialista em Nutrição Clí­nica - Universidade Federal do Paraná. Mestre em Engenharia Biomédica. Programa de Pós Graduação em Engenharia Biomédica - Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
  • Eduardo Borba Neves Fisioterapeuta e Educador Fí­sico, Doutor em Engenharia Biomédica, Docente do Programa de Pós Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Palavras-chave: Fatores de Risco, Estudantes, Consumo de Alimentos

Resumo

Introdução: No Brasil alguns estudos destacam a elevada prevalência de fatores de risco para doenças cardiovasculares em universitários. Objetivo: Determinar a prevalência de sobrepeso, obesidade, ní­vel de atividade fí­sica, ní­veis pressóricos e consumo de alimentos para risco cardiovascular em estudantes universitários em um Centro Universitário privado na cidade de Curitiba-PR. Método: Estudo descritivo transversal com análise quantitativa dos dados, realizado em um Centro Universitário Privado na cidade de Curitiba-PR, com 80 acadêmicos da Graduação de Enfermagem. Aplicou-se o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) para avaliar ní­vel de atividade fí­sica, análise antropométrica (peso e estatura), pressão arterial e aplicação do Questionário simplificado para avaliação do consumo de alimentos marcadores de risco cardiovascular. Resultados: Entre os sujeitos avaliados, com idade de 29,9 ± 6,1 anos, 95% apresentaram consumo elevado de alimentos para risco cardiovascular e 51,3% foram classificados como acima do peso ou obesos. Sobre os ní­veis de pressão arterial, 2,5 % dos voluntários apresentaram valores limítrofes para PAS e 7,5% dos voluntários apresentaram valores limítrofes para PAD. Apenas um voluntário apresentou valores acima dos limites recomendados (140/90 mmHg). Os universitários com baixos ní­veis de atividade fí­sica semanal apresentam IMC e PAD significativamente maiores do que aqueles que desenvolvem atividade fí­sica semanal em ní­veis moderados (pIMC=0,008 e pPAD=0,010) e altos (pIMC=0,001 e pPAD=0,044). Conclusão: O fator de risco com maior prevalência entre os universitários avaliados é o consumo de alimentos para o risco cardiovascular, o que associado ao baixo ní­vel de atividade fí­sica semanal pode levar ao aumento do IMC e da PAD.

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Publicado
2017-02-28
Como Citar
Oliveira, M. da C. O. da C., Oselame, G. B., Dutra, D. de A., Oselame, C., & Neves, E. B. (2017). Fatores de risco cardiovascular em universitários. RBONE - Revista Brasileira De Obesidade, Nutrição E Emagrecimento, 11(63), 179-186. Recuperado de https://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/515
Seção
Artigos Cientí­ficos - Original