A importância da educação nutricional na infância para prevenção da obesidade

  • Vanessa de Almeida Resende Programa de Pós-Graduação Lato-Sensu em Obesidade e Emagrecimento da Universidade Gama Filho - UGF
  • Antonio Coppi Navarro Programa de Pós-Graduação Lato-Sensu em Obesidade e Emagrecimento da Universidade Gama Filho - UGF
Palavras-chave: Obesidade, Educação nutricional, Comportamento alimentar, Criança

Resumo

Introdução: A prevalência mundial da obesidade vem apresentando um rápido aumento, caracterizada como uma verdadeira epidemia mundial. Esses dados são preocupantes, pois os indivíduos obesos têm maior chance de desenvolver doenças crônicas não transmissíveis. Objetivo: Mostrar a necessidade de se prevenir a obesidade desde o nascimento, através da educação nutricional na infância, pois crianças obesas têm 40% de chance de se tornarem adultos obesos. Revisão da Literatura: Um dos maiores fatores da obesidade é o comportamento alimentar. Este comportamen-to tem fundamentos psicológicos, socioculturais, fisiológicos e econômicos. Na infância é que se forma a base para o comportamento alimentar da idade adulta. Por isso, a formação de um estilo de vida saudável na idade adulta está diretamente relacionada com a estabilização dos hábitos alimentares durante a infância. Existem evidências de que a obesidade e os fatores de risco para doenças coronarianas na idade adulta estão relacionados com o consumo alimentar na primeira infância e que as crianças que fazem suas refeições junto com a família consomem mais frutas e verduras, menos bebidas alcoólicas e gordura dentro e fora de casa. Conclusão: Através destes dados, foi notada a necessidade de programas de educação nutricional em escolas, direcionadas para prevenção da obesidade e seus fatores de risco. As crianças devem ser orientadas e capacitadas para fazerem a ingestão adequada de nutrientes, e escolherem os alimentos mais saudáveis durante as refeições, por isso é importante que no currículo escolar tenha estudos sobre nutrição e vida saudável.

Referências

- Abreu, E.S.; Spinelli, M.G.N. Obesidade e dislipidemia: uma preocupação cada vez mais precoce. Revista Brasileira de Nutrição Clínica. Vol. 19. Num. 4. 2004. p. 209-215.

- Baranowski, T.; Mendelein, J.; Resnicow, K.; Frank, E.; Cullen, K.; Baranowski, J. Physical activity and nutrition in children and youth: an overview of obesity prevention. Journal of preventive medicine. Vol. 31. Num. 2. 2000. p. 1-10.

- Birch, L.L. Children's preferences for high-fat foods. Nutrition Reviews. Vol. 50. Num. 9. 1992. p. 249-255.

- Bissoli, M.C.; Lanzillotti, H.S. Educação nutricional como forma de intervenção: Avaliação de uma proposta para pré-escolares. Revista de Nutrição da PUCCAMP. Campinas. Vol.10. Num. 2. 1997. p. 107-113.

- Boog, M.C.F. Contribuições da Educação Nutricional à Construção da Segurança Alimentar. Saúde em Revista. Piracicaba. Vol. 6. Num. 13. 2004. p17-23.

- Boog, M.C.F. Educação nutricional em serviços públicos de saúde. Caderno de saúde pública. Rio de Janeiro. Vol. 15. Sup. 2. 1999. p. 139 – 147.

- Boog, M.C.F. Educação nutricional: por que e para quê? Jornal da Unicamp. Campinas. 2004. p. 2.

- Boog, M.C.; Motta, D.G. Educação Nutricional. São Paulo. Ibrasa. 1991. 182p.

- Bray, G.; Bouchard, C. Genetics of human obesity: research directions. The Journal of Federation of American Societies for Experimental Biology. Vol. 11. 1997. p. 937-945.

- Castro, T.G.; Novaes, J.F.; Silvia, M.R.; Costa, N.M.B.; Franceschini, S.C.C.; Tinoco, A.L.A.; Leal, P.F.G. Caracterização do consumo alimentar, ambiente sócio econômico e estado nutricional de pré-escolares de creches municipais. Revista de Nutrição. Campinas. Vol. 18. Num. 3. 2005. p. 321-330.

- Cintra, I.P.; Fisberg, M. Mudanças na alimentação de crianças e adolescentes e suas implicações para a prevalência de transtornos alimentares. In Philippi, S.T.; Alvarenga, M. Transtornos alimentares: Uma visão nutricional 1ª Ed. São Paulo. Momole. 2004. p.149-161.

- Davanço, G.M.; Taddei, J.A.A.C.; Gaglianone, C.P. Conhecimentos, atitudes e práticas de professores de ciclo básico, expostos e não expostos a Cursos de Educação Nutricional. Revista de Nutrição. Campinas. Vol. 17. Num. 2. 2004. p. 177-184.

- Dietz W. H. The obesity epidemic in young children. British Medical Journal. 2001. p. 313-314.

- Drent, L.V.; Pinto, E.A.L. Desordens de alimentação na infância: aspectos clínicos relevantes. Revista Brasileira de Nutrição Clínica. Vol. 20. Num. 3. 2005. p. 174-180.

- Gemelli, C.R.; Mendes, R.C.D. Avaliação da aplicabilidade de recursos pedagógico-nutricionais com crianças das 4ª séries da Escola Municipal Neil Fioravanti de Dourados - MS. Vol. 1. Num. 1. 2007. p. 34 – 42 .

- Holanda, A.B. Dicionário Aurélio eletrônico, positivo informática. [s.d.]

- IBGE. Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF 2002-2003. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_impressao.php?id_noticia=278>. Acesso em: 10 novembro 2007.

- Laquatra, I. Nutrição no controle do peso. In: Mahan, L. K.; Escott-Stump, S. Alimentos, nutrição e dietoterapia. 10 Ed. São Paulo. Roca. 2002. p. 469-498.

- Leann, L.B. Psychological Influences on the Childhood Diet. The Journal of Nutrition. 1998. p. 407-410.

- Lopes, F.A.; Cabral, J.S.P.; Spinelli, L.H. P.; Cervenka, L.; Yamamoto, M.E.; Branco, R.C.; Hattori, W.T. Comer ou não comer, eis a questão: diferenças de gênero na neofobia alimentar. Psico-USF. Vol. 11. Num. 1. 2006. p. 123-125.

- Lopes, I.M.; Marti, A.; Aliaga, M.J.M.; Martínez, A. Aspectos genéticos da obesidade. Revista de Nutrição. Campinas. Vol. 17. Num. 3. 2004. p. 327-338.

- Matsudo, S.A.; Paschoal, V.C.A.; Amâncio, O.M.S. Atividade física e sua relação com o crescimento e a maturação biológica de crianças. Cadernos de Nutrição. Vol. 14. 1997. p. 1-12.

- Mello, E.D.; Luft, V.C.; Meyer, F. Obesidade infantil: como podemos ser eficazes? Jornal de Pediatria. Vol. 80. Num. 3. 2004. p. 173-180.

- Oliveira, C.L.; Fisberg, M. Obesidade na infância e adolescência – Uma verdadeira epidemia. Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo. Vol. 47. Num. 2. 2003. p. 107-108.

- Oliveira, C.L.; Mello, M.T.; Cintra, I.P.; Fisberg, M. Obesidade e síndrome metabólica na infância e adolescência. Revista de Nutrição. Campinas . Vol. 17. Num. 2. 2004. p. 237-245.

- Organização Pan-Americana da Saúde / Organização Mundial da Saúde. Doenças crônico-degenerativas e obesidade: Estratégia mundial sobre alimentação saudável, atividade física e saúde. Brasília. 2003. 60 p.

- Pliner, P.; Salvy, S.P. Food neophobia in humans. University of Toronto at Mississauga. Canadá.

- Rodrigues, E.M.; Boog, M.C.F. Problematização como estratégia de educação nutricional com adolescentes obesos. Caderno de Saúde Publica. Vol. 22. Num. 5. 2006. p. 923-931.

- Sandra, M.F.V.; Maurício M.R.; Alexandre G.S. Obesidade infantil e exercício. Revista Abeso. Ano IV. Ed. 13ª. 2003.

- Silvia, M.V.; Sturion, G.L. Freqüência à creche e outros condicionantes do estado nutricional infantil. Revista de Nutrição. Campinas. Vol. 11. Num. 1. 1998. p. 58-68.

- Thorkild, I.A.; Sorensen, D.R. The changing lifestyle in the world. Body weight and what else? Diabetes Care. Vol. 23. Num. 2. 2000. p. 1-4.

- Vitolo, M.R.; Ctenas, M.L.B. Crescendo com Saúde. O guia de crescimento da criança. São Paulo. C2 Editora e Consultoria em Nutrição. 1999. 269p.

- Wolfe, W.S.; Cowell, C.; Wales, K.R.; Rhoades, S.J.; Melnik, T.A. Food consumption patterns of elementary school children in New York City. Journal of the American Dietetic Association. Vol. 98. Num. 2. 1998. p. 159 -164.

- World Health Organization (WHO). Quality of cause-of-death information - Disponível em: <http://www.who.int/research/en/>. Acesso em: 14 novembro 2007.

Publicado
2012-01-15
Como Citar
Resende, V. de A., & Navarro, A. C. (2012). A importância da educação nutricional na infância para prevenção da obesidade. RBONE - Revista Brasileira De Obesidade, Nutrição E Emagrecimento, 2(8). Recuperado de https://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/75
Seção
Artigos Cientí­ficos - Original