RBONE - Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento

Relação entre a força de preensão palmar com a massa óssea, proteína corporal e diâmetros ósseos

qua, 24 dez 2025 11:39:19 -0800

Introdução: A força de preensão palmar (FPP) é um teste simples e de fácil aplicabilidade em diferentes contextos para identificar diversas condições de saúde, comumente mais utilizada para a detecção da sarcopenia, porém alguns estudos apontam sua relação com a osteoporose. Objetivo: Objetiva-se correlacionar e analisar a força de preensão palmar com a massa óssea, proteína corporal, estatura e diâmetros ósseos. Materiais e métodos: Estudo de caráter transversal, descritivo e analítico. As coletas ocorreram entre 2022 e 2023, com trabalhadores rurais do Rio Grande do Sul. Utilizou-se um dinamômetro portátil manual SAEHAN para obtenção da FPP, com três medições em cada membro. Foi utilizado também, uma balança de bioimpedância para obtenção da proteína e massa óssea corporal. Os diâmetros articulares foram verificados com a utilização de um paquímetro. Para análise estatística utilizou-se o software SPSS, para verificar a normalidade dos dados através do teste de Shapiro-Wilk e realizada as correlações através do teste de Correlação de Spearmann. Resultados: A amostra foi composta de 110 trabalhadores rurais (57 homens e 53 mulheres). Foram identificadas correlações positivas de moderada associação entre a FPP e a massa óssea e proteína corporal. Entretanto, os diâmetros articulares quando correlacionados com FPP, demonstraram uma correlação positiva, porém de baixa associação. Conclusão: Dessa forma, podemos concluir que a FPP, apresenta uma correlação positiva com a proteína e massa óssea corporal. Ademais, os diâmetros ósseos, também sugerem uma correlação positiva, entretanto, com uma associação fraca.

Insatisfação de imagem corporal entre estudantes de nutrição do centro-oeste brasileiro

Hugo Torrezan de Souza, Alberto Mesaque Martins — qua, 24 dez 2025 11:36:35 -0800

O estudo tem como objetivo analisar a presença de insatisfação corporal entre estudantes do curso de nutrição de uma universidade pública de Campo Grande-MS, bem como compreender suas relações com os seus corpos, ao longo da formação universitária. Na perspectiva de Pesquisa Qualitativa, foram realizadas entrevistas abertas com 10 acadêmicos do curso de Nutrição. Os resultados apontam que os estudantes reconhecem a existência de um modelo de imagem corporal, construído e difundido socialmente, e a imposição de padrões que devem ser tomados como modelo, especialmente pelos profissionais da área da Nutrição. As insatisfações com o corpo, percebidas pelos estudantes, se iniciaram bem antes do ingresso na universidade, especialmente na adolescência. Constata-se também a existência de uma pressão interna significativa entre os estudantes do curso de Nutrição para adequação dos seus corpos, movida por estereótipos que exigem, desses profissionais, um corpo que ateste a sua competência e qualidade técnica.

Relação entre o comer intuitivo e o comer emocional em universitários

qua, 24 dez 2025 11:34:34 -0800

Introdução e Objetivo: A adolescência e o início da vida universitária são períodos críticos para o desenvolvimento de comportamentos alimentares, influenciados por fatores emocionais, sociais e acadêmicos. Estudantes universitários, especialmente os da área da saúde, estão expostos a estresse acadêmico e preocupações com a imagem corporal, fatores que podem contribuir para o desenvolvimento de padrões alimentares disfuncionais, como alimentação emocional e descontrole alimentar. Este estudo teve como objetivo avaliar as relações entre alimentação emocional, comer intuitivo e descontrole alimentar em estudantes de Nutrição. Materiais e Métodos: A amostra foi composta por 47 universitários, com idades entre 18 e 19 anos. Foram aplicados os questionários Intuitive Eating Scale-2 (IES-2) e Three-Factor Eating Questionnaire-18 (TFEQ-18), ambos validados, para avaliar os comportamentos alimentares. Resultados e Discussão: Os resultados indicaram que participantes com menor adesão à alimentação intuitiva apresentaram escores mais elevados de alimentação emocional e descontrole alimentar. Além disso, identificou-se correlação positiva entre o IMC e maior preocupação com o controle alimentar. Esses achados sugerem que a alimentação intuitiva pode atuar como fator protetor contra comportamentos alimentares disfuncionais, promovendo uma relação mais saudável com a comida e reduzindo sua utilização como resposta emocional. Conclusão: Os achados reforçam a relação entre menor adesão à alimentação intuitiva e maiores escores de alimentação emocional e descontrole alimentar, evidenciando que a ausência dessa abordagem pode aumentar a vulnerabilidade ao uso emocional da comida e à perda de controle alimentar.

Cognição e envelhecimento: relação com a massa muscular e gordura corporal de pessoas idosas

qua, 24 dez 2025 11:32:09 -0800

Introdução: No processo de envelhecimento ocorrem alterações na composição corporal como aumento da massa gorda e redução da massa muscular, bem como alterações cognitivas. Objetivo: Avaliar a cognição e sua relação com a massa muscular, gordura corporal e o estado nutricional em pessoas idosas da comunidade. Materiais e métodos: Estudo transversal, sendo a população de estudo composta por pessoas idosas atendidas na atenção primária em saúde do município de Doutor Ricardo/RS. Os dados foram coletados no período de julho a novembro de 2019, sendo analisadas as variáveis sociodemográficas, antropométricas e o déficit cognitivo. O programa STATA Statistical Software vs.12.0 foi utilizado para as análises estatísticas, sendo significativo p<0,05. Resultados: Foram avaliadas 44 pessoas idosas, com 71,2±8,6 anos, sendo 68,2% do sexo feminino. Pessoas idosas sem companheiro e que não praticavam atividade física apresentaram maior prevalência de déficit cognitivo (p=0,001 e p=0,040, respectivamente). A maior prevalência de déficit cognitivo, também foi encontrada em pessoas idosas com baixo peso e com índice de massa muscular esquelética inadequado (ambos com p=0,033). Conclusão: Estes resultados mostram a importância da realização de uma avaliação antropométrica mais detalhada e da aplicação do Mini Exame do Estado Mental como rotina nas consultas clínicas realizadas na atenção primária em saúde, a fim de efetuar um diagnóstico precoce para que sejam realizadas ações em saúde preventivas e de tratamento.

Proteína estimuladora de acilação (ASP) e a obesidade: características, funções e relação

Vitor Caiaffo, Belisa Duarte Ribeiro de Oliveira — qua, 24 dez 2025 11:29:59 -0800

Este trabalho visa analisar e descrever a origem, as características e funções da proteína estimuladora de acilação (ASP) através de uma revisão de literatura em bases de dados especializadas. A ASP é uma adipocina produzida pelos adipócitos através de uma cascata de reações entre o complexo enzimático D (complemento C3a), do complemento B e da adipsina. A ASP atua favorecendo os processos lipogênicos. A ligação da ASP aos adipócitos leva a um aumento da atividade do diacilglicerol aciltransferase, que catalisa e controla a velocidade da esterificação dos ácidos graxos para formar o triacilglicerol. Além de estimular a esterificação de ácidos graxos, a ASP pode tanto atuar na regulação da secreção de insulina como na ingestão de alimentos. A ASP também atua inibindo a ação do hormônio lípase sensível e elevando os níveis de glicose intracelular nos adipócitos. Estes efeitos da ASP são mediados através de um receptor acoplado à proteína G. A ASP encontra-se em níveis aumentados em obesos, bem como em pacientes com resistência à insulina, diabetes, doenças cardiovasculares, hipertireoidismo e síndrome do ovário policístico. Estudos demonstram também haver uma forte relação dos altos níveis de ASP com o índice de massa corporal, sugerindo um papel importantíssimo desta adipocina no desenvolvimento da obesidade humana. Portanto, o entendimento do funcionamento desta adipocina pode ser um importante mecanismo para o desenvolvimento de tratamentos contra a obesidade e suas complicações.

Impactos nutricionais dos efeitos colaterais da terapia com análogos de GLP-1em pacientes com obesidade: um estudo umbrella de revisões sistemáticas e meta-análises

qua, 24 dez 2025 11:27:51 -0800

A obesidade é um problema de saúde global, e os análogos de peptídeo semelhante ao glucagon tipo 1 (GLP-1), como semaglutida, liraglutida e tirzepatida, têm sido utilizados no tratamento, devido à sua eficácia na perda de peso e no controle glicêmico. No entanto, esses medicamentos apresentam efeitos adversos significativos, principalmente gastrointestinais, como náusea, vômito, diarreia e constipação. O estudo analisou os impactos nutricionais dos efeitos colaterais da terapia com análogos de GLP-1 em pacientes com obesidade, por meio de uma revisão umbrella de estudos sistemáticos e meta-análises. Foi identificado que a tirzepatida apresenta maior eficácia na perda de peso, mas com maior incidência de efeitos colaterais. Além disso, foi observado que esses medicamentos podem levar à desnutrição, desequilíbrios eletrolíticos e hipoglicemia. Outro ponto relevante identificado foi o uso indiscriminado dessas substâncias sem prescrição médica, especialmente para emagrecimento estético, o que aumenta os riscos à saúde. A pesquisa destacou a importância do acompanhamento médico e nutricional para minimizar os impactos adversos e garantir um tratamento seguro e eficaz.

Cirurgia bariátrica em um município do interior de São Paulo: uma comparação das técnicas empregadas

qua, 24 dez 2025 11:25:29 -0800

A obesidade é um dos maiores desafios de saúde pública no mundo, associada a inúmeras complicações, como diabetes, hipertensão e doenças cardíacas. Quando tratamentos convencionais não são suficientes, a cirurgia bariátrica se apresenta como uma solução eficaz para quem enfrenta os desafios da obesidade severa. Este estudo buscou entender melhor o perfil de pacientes submetidos a esse procedimento em um município do interior de São Paulo, analisando dados de prontuários entre 2014 e 2022. Foram avaliados 157 pacientes, majoritariamente mulheres (87,89%), com idade média de 38 anos. A maioria apresentava obesidade grau III (IMC entre 40 e 49,9 kg/m²). A técnica de gastroplastia com Y de Roux foi utilizada em todos os casos, destacando-se como a escolha preferida por combinar segurança e resultados significativos na perda de peso e na melhora das comorbidades. Os resultados destacam o papel central da gastroplastia com Y de Roux, amplamente reconhecida como padrão ouro, mas também levantam questões sobre a ausência de outras opções cirúrgicas que poderiam ser benéficas para alguns pacientes. Além disso, o estudo reflete sobre a predominância feminina, possivelmente influenciada por fatores sociais e de saúde. Embora a cirurgia tenha se mostrado eficaz, o estudo reforça a importância de um acompanhamento contínuo e da criação de políticas públicas que garantam um acesso mais equitativo e o registro completo de informações para melhorar o cuidado no futuro.

Prevalência e fatores associados a intolerância alimentar em pacientes submetidos a cirurgia bariátrica atendidos em um projeto de extensão do norte do Brasil

Fernanda Noleto, Felipe Câmera, Sonia Lopes Pinto — qua, 24 dez 2025 11:23:05 -0800

Introdução: A cirurgia bariátrica tem se mostrado o tratamento mais eficaz para obesidade grave, porém, pode ocorrer o desenvolvimento de intolerância alimentar (IA). Objetivo: Investigar a prevalência e fatores associados à IA em pacientes submetidos a cirurgia bariátrica a no mínimo 3 meses. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo observacional, do tipo transversal, onde foram avaliados pacientes com no mínimo 3 meses de pós-operatório, na cidade de Palmas - Tocantins, que participam do Ambulatório de Bariátrica da Universidade Federal do Tocantins (AMBBAR). Foram coletados dados sobre saúde atual, antropométricos (peso e altura), sintomas gastrointestinais (vômitos, síndrome de dumping e problemas gástricos), mastigação, compulsão alimentar pela Escala de Compulsão Alimentar Periódica, e intolerância alimentar pelo questionário validado A New Questionnaire for Quick Assessment of Food Tolerance after Bariatric Surgery. Discussão e Resultados: A amostra foi composta por 31 pacientes, 84% eram do sexo feminino e 54% apresentavam algum grau de IA. Observamos que o escore de tolerância alimentar foi menor entre a população do sexo feminino com a média de 23,4±3,2. A tolerância alimentar apresentou-se maior no grupo alimentar “Peixe”, com 96,8% dos pacientes conseguindo comer “facilmente”. O grupo alimentar que apresentou menor tolerância foi o “Arroz”, em que 6,5% dos pacientes “não comem”. O grupo alimentar “Pão” apresentou 22,6% dos pacientes relatando consumir “com alguma dificuldade”. Observamos associação entre presença de vômitos (p=0,05) e síndrome de dumping (p=0,05). Conclusão: Mais da metade dos pacientes submetidos ao RYGB apresentavam IA, vômitos e síndrome de Dumping foram identificados como fatores associados à intolerância.

Fatores preditores positivos e negativos com relação à massa corporal de adolescentes submetidos à cirurgia bariátrica e metabólica

qua, 24 dez 2025 11:20:36 -0800

A obesidade é uma doença crônica multifatorial, com sintomatologia clínica que se relaciona a várias comorbidades, identificada normalmente pelo cálculo do Índice de Massa Corporal. Em casos graves, a cirurgia bariátrica metabólica se torna uma alternativa eficaz para o controle do peso e para a melhoria do perfil metabólico dos pacientes, embora a manutenção dos resultados positivos dependa do acompanhamento contínuo de profissionais. O objetivo deste estudo foi avaliar os preditores da perda de peso em adolescentes submetidos à cirurgia bariátrica tratados na Gastro Obeso Center, em São Paulo, entre 2018 e 2024, tendo a participação de 40 pacientes, a maior parte do sexo feminino (65%). Estes foram avaliados por exames antropométricos e bioquímicos e a análise estatística aplicada consistiu nos testes paramétricos e não paramétricos, ANOVA de medidas repetidas e modelos de regressão linear multivariada. Verificou-se uma considerável de perda de peso após 12 meses da cirurgia, especialmente nas mulheres: a média foi reduzida a 79,4 kg e a média do Índice de Massa Corporal foi de 45,5 kg/m² a 28,0 kg/m². Os parâmetros metabólicos também melhoraram, como a diminuição na resistência à insulina indicada pelo HOMA-IR. Os principais preditores da perda de peso foram o sexo feminino, uma maior massa corporal inicial e valores menores do HOMA-IR. Ao contrário, o sexo masculino e a maior idade apareceram associados a menores reduções de peso. Assim, este estudo reiterou a necessidade de se analisar os preditores para otimizar os resultados cirúrgicos e melhorar a qualidade de vida desses pacientes.

Mães obesas pré-bariátrica e a saúde de seus filhos: o efeito da educação para hábitos saudáveis

qua, 24 dez 2025 11:18:05 -0800

A obesidade materna é um fator de risco significativo para o desenvolvimento da obesidade infantil, influenciando hábitos alimentares e estilo de vida. Com o objetivo de investigar o papel das intervenções educativas em mães obesas pré-cirurgia bariátrica, sobre a saúde de suas crianças e adolescentes, desenvolveu-se este estudo observacional, longitudinal e quantitativo. A pesquisa foi realizada no Serviço de Obesidade e Cirurgia Bariátrica do Hospital Universitário do Oeste do Paraná e incluiu 10 mães com IMC ≥ 40 kg/m² e seus 17 filhos, com idades entre 2 e 18 anos. Foram coletados dados antropométricos e comportamentais antes e seis meses após a intervenção, incluindo IMC, hábitos alimentares e tempo de exposição a telas, através de questionários validados. Os resultados indicaram que, apesar da significativa perda de peso materna, não houve impacto estatisticamente significativo sobre o IMC e o z-score do IMC das crianças e adolescentes. Contudo, observou-se uma redução no tempo de exposição às telas (p=0,014) e mudanças nas práticas alimentares parentais, como maior restrição alimentar para a saúde (p=0,019) e menor pressão para comer (p=0,05). A percepção materna sobre o estado nutricional dos filhos apresentou discrepâncias em relação às classificações antropométricas reais, dificultando a adoção precoce de estratégias preventivas. Concluiu-se que a perda de peso materna não foi suficiente para modificar substancialmente os hábitos de vida da prole, sugerindo a necessidade de intervenções direcionadas ao ambiente familiar e a inclusão de abordagens educativas voltadas para a saúde infantil nos modelos de cuidado da cirurgia bariátrica, visando minimizar os efeitos intergeracionais da obesidade.

Insatisfação corporal e comportamentos de risco para doenças crônicas não-transmissíveis em adolescentes do Brasil

Melice Gomes de Freitas Canez, Leonardo Pozza dos Santos — qua, 24 dez 2025 11:14:47 -0800

Objetivo: Analisar a associação entre insatisfação corporal e comportamentos de risco para doenças crônicas não-transmissíveis em adolescentes do Brasil. Materiais e métodos: Foram utilizados dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), do ano de 2019. A insatisfação corporal foi definida com base na pergunta: “Como você se sente em relação ao seu corpo?” e foram classificados com insatisfação corporal aqueles que responderam insatisfeito(a) ou muito insatisfeito(a). Os fatores de risco incluídos foram consumo regular de bebidas adoçadas, inatividade física e comportamento sedentário. Também foi analisado o acúmulo de fatores de risco para DCNT. As análises foram realizadas a partir de modelos de regressão de Poisson brutos e ajustados, com níveis de significância e intervalos de confiança determinados e foram realizadas no software Stata, versão 16.1. Resultados: 83,2% dos estudantes eram inativos fisicamente, 52,2% apresentaram comportamento sedentário e 17,1% tinham consumo regular de refrigerantes. A Insatisfação corporal foi associada a maior prevalência de consumo regular de bebidas adoçadas e comportamento sedentário em meninas e de inatividade física em meninos, sendo esse 5% maior em comparação àqueles sem insatisfação corporal. A insatisfação corporal foi associada a maior prevalência do acúmulo de fatores de risco em meninos e meninas, com maior efeito nas meninas. Conclusão: A adoção de comportamentos de risco para DCNT na adolescência pode causar desfechos de saúde adversos ao longo da vida. Por isso, é necessário que mais estudos avaliem essa associação para facilitar o entendimento da relação causa-efeito e auxiliar na tomada de decisões que minimizem o problema.

Os micronutrientes no manejo dos sintomas do transtorno do déficit de atenção e hiperatividade: uma revisão

Sarah Fernanda Hicham Reda, Josiane de Oliveira Almeida — qua, 24 dez 2025 11:12:20 -0800

Este trabalho aborda a influência da nutrição no manejo do Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), uma condição neuropsiquiátrica que influência a qualidade de vida de indivíduos que possuem esse transtorno. Deste modo, o estudo analisa como intervenções dietéticas podem complementar os tratamentos tradicionais (terapias comportamentais e farmacológicos) do TDAH. A revisão analisou estudos publicados entre os anos de 2014 e 2024, nas bases de dados PubMed, Scielo, Scopus e Lilacs, focando em intervenções nutricionais como complementos às abordagens tradicionais de tratamento, como terapias comportamentais e farmacológicas. A pesquisa destaca que a ingestão adequada de nutrientes essenciais está correlacionada à melhoria dos sintomas associados ao TDAH. Embora os resultados variados, as evidências sugerem que a suplementação de multivitamínicos e uma dieta equilibrada podem oferecer benefícios significativos, especialmente em populações com deficiências nutricionais. Por fim, conclui-se que existe a necessidade de mais pesquisas para entender os mecanismos subjacentes e avaliar a eficácia das intervenções dietéticas em diferentes faixas etárias e culturas.

Nível socioeconômico e estilo de vida das universitárias de uma rede privada de ensino

qua, 24 dez 2025 11:09:30 -0800

O nível socioeconômico interfere de diversas formas no estilo de vida das universitárias, seja nos hábitos alimentares, na prática de atividade física, no consumo de álcool ou no uso de tabaco. Diante disso, a pesquisa teve por objetivo avaliar o estilo de vida das universitárias e comparar de acordo com a classe socioeconômica em que estão inseridas. Trata-se de um estudo descritivo transversal, realizado em uma rede privada de ensino, em que participaram 92 mulheres, na faixa etária de 20 e 30 anos. A coleta de dados se deu por meio dos questionários sociodemográfico; socioeconômico, através dos questionários de Classificação Econômica Brasileira (CCEB); Internacional de Atividade Física (versão curta); seguida do questionário de marcadores de consumo alimentar do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar. Os resultados revelaram que mulheres de classe econômica mais baixa (C1 e C2) apresentaram maior consumo de bebida alcóolica (80,4%) quando comparadas a classe mais alta (B1 e B2) (58,7%). A prática de atividade física não apresentou diferenças significativas entre as classes econômicas, no entanto a maioria das mulheres foram classificadas como “ativas” e “muito ativas”. Entre os marcadores de consumo alimentar, mais de 60% das mulheres realizavam suas refeições assistindo à TV, no computador e/ou celular. Além disso, o consumo de marcadores de alimentação não saudável foi elevado em ambos os grupos. Dessa forma, conclui-se que as universitárias analisadas apresentaram estilos de vida com características distintivas e que o consumo de bebida alcóolica foi influenciado pela classe socioeconômica.

Relação entre crononutrição, distribuição da ingestão alimentar diária e obesidade em adultos

qua, 24 dez 2025 11:07:25 -0800

A obesidade é uma doença crônica, multicausal, complexa e de prevalência crescente que demanda ações integradas para prevenção e tratamento. A presente revisão narrativa analisou de forma descritiva como as descobertas em crononutrição podem contribuir para o manejo da obesidade em adultos. Para tanto, foram pesquisados artigos científicos originais indexados na PubMed/MEDLINE com disponibilidade de texto integral, priorizando-se os últimos 10 anos de publicação. Observou-se que os estudos em crononutrição associaram a alimentação antecipada, com ênfase diurna e em alinhamento com os ritmos circadianos à saúde. Em geral, variáveis de proteção incluíram a antecipação do desjejum e do ponto médio alimentar e calórico, carga calórica diurna, menores janelas alimentares, cronotipos diurno ou intermediário e menor jetlag alimentar. Enquanto, variáveis de risco foram associadas a maiores janelas alimentares, carga calórica noturna, cronotipo noturno e maior jetlag alimentar. A omissão do desjejum foi associada a maior prevalência de excesso de peso em estudos observacionais e, em contraste, a perda de peso em ensaios clínicos. Constatou-se que a crononutrição exerceu influência na regulação endócrina de melatonina, cortisol e insulina, no metabolismo de carboidratos e gorduras, na percepção de fome/saciedade, na ingestão alimentar diurna priorizando alimentos in natura e minimamente processados e, noturna, priorizando alimentos processados e ultraprocessados, relacionando-se, por fim, ao peso e índice de massa corporal, dentre outras variáveis. Os estudos indicaram, assim, que ritmos circadianos, metabolismo e a nutrição podem estar intimamente ligados. No entanto, pesquisas abrangentes com delineamentos mais robustos ainda são necessárias para aprofundar o conhecimento sobre a crononutrição.

Mudanças no índice de massa corporal e associação com o perfil lipídico de crianças e adolescentes após cinco anos

qua, 24 dez 2025 11:04:54 -0800

Introdução: Explorar as mudanças no índice de massa corporal (IMC) e sua relação com o perfil lipídico em crianças e adolescentes é essencial para entender a influência das mudanças físicas na saúde cardiometabólica dessa faixa etária. Objetivo: Verificar as mudanças do perfil lipídico e do IMC em escolares após cinco anos e a associação longitudinal entre eles. Materiais e Método: Estudo com 93 escolares, entre 7 a 17 anos, avaliados em 2014 e 2019. As avaliações consistiram em medidas de peso e altura, para cálculo do IMC, e avaliação do perfil lipídico: colesterol total (CT), colesterol lipoproteína de alta densidade (HDL-c), colesterol lipoproteína de baixa densidade (LDL-c) e triglicerídeos (TG). Os dados foram analisados através de Teste T para amostras pareadas e independentes. Resultados: Foi observado um aumento nas médias de IMC, LDL-c e TG e uma redução nas médias de HDL-c após cinco anos. A prevalência de sobrepeso/obesidade apresentou aumento significativo entre as duas avaliações (30,5 vs. 38,9%; p<0,001). Escolares com sobrepeso e obesidade em 2014 apresentaram menores médias de HDL-c em 2019 comparados aos escolares com baixo peso/normal (p<0,01). Conclusão: Houve um aumento nas médias perfil lipídico, no IMC e redução do HDL-c entre escolares após um período de cinco anos. Esses dados enfatizam a importância da detecção e intervenção precoce para tratar excesso de peso e evitar as consequências futuras da obesidade no perfil lipídico e desenvolvimento de doenças crônicas.

Associação entre surgimento e progressão da miopia e índice de massa corporal em adultos

Eduarda Eugenia Dias de Jesus, Pedro Jorge Cortes Morales — qua, 24 dez 2025 11:02:27 -0800

O estudo teve como objetivo analisar o surgimento e progressão de adultos com miopia e associar com IMC. Participaram 199 sujeitos com miopia. Além do IMC, foram feitas duas perguntas: “Quando surgiu sua miopia?” e “Sua miopia diminuiu ou aumentou com o tempo?”. Foi analisada a diferença entre os grupos (“< 24 kg/m²” e “> 24 kg/m²”) pelo teste de Mann-Whitney, e foram realizadas análises de regressão logística binomial para avaliar a associação entre as variáveis, considerando p<0,05 como significativo. Dos participantes com miopia [olho direito: 1,75 (0,8; 2,75) grau; olho esquerdo: 1,75 (1; 2,75) grau], 65% eram do sexo feminino, com mediana de idade de 23 anos. O olho direito apresentou mediana maior para o IMC > 24 kg/m²; e olho esquerdo apresentou mediana igual, mas sem significância (p<0,4). Indivíduos que tiveram miopia na fase tardia [OR=1,91 (1,04; 3,53); p=0,03) e que apresentaram aumento na miopia [OR=2,20 (1,14; 4,36); p=0,02] tiveram mais chances de ter um IMC> 24 kg/m². Nesse âmbito, mais pesquisas devem ser feitas com amostra maiores e com análise longitudinal, visando ampliar as informações a respeito desse contexto.

Perfil clínico e nutricional de pacientes atendidos em um ambulatório de nutrição de um Hospital Universitário de Cuiabá-MT

Nayara dos Santos Ferreira, Tatiana Bering — qua, 24 dez 2025 11:00:30 -0800

Nos últimos anos, tem-se observado aumento significativo da prevalência de sobrepeso e obesidade e das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), com isso a procura por atendimento nutricional tem aumentado substancialmente. O objetivo do estudo foi avaliar o perfil clínico e nutricional de pacientes atendidos no ambulatório de nutrição de um Hospital Universitário de Cuiabá-MT, no período de um ano (maio/2023 - maio/2024). Trata-se de um estudo transversal retrospectivo com dados secundários de prontuários. Foram incluídos pacientes de ambos os sexos com idade acima de 18 anos. O estado nutricional foi avaliado pelo IMC. Foram coletados dados sobre as principais demandas dos pacientes para consulta nutricional. O nível de significância estabelecido p<0,05. A amostra foi composta por 385 pacientes com média de idade de 48,5 ± 14,4 anos, sendo a maioria do sexo feminino (79,2%), adultos (76,1%) e obesos (56,9%). Os principais motivos de procura do atendimento nutricional foram: emagrecimento (50,1%), controle de DM (26,8%) e alimentação saudável (20,3%). As mulheres apresentaram maior prevalência de obesidade comparado aos homens (58,7% vs 37,5%; p=0,001) e consequentemente elevada demanda por emagrecimento. Os idosos tiveram maior procura para controle de DM comparado aos adultos (44,6% vs 21,2%; p=0,0001). Entre os indivíduos sem excesso de peso constatou-se uma maior demanda para alimentação saudável (30,3%), ganho de peso (30,3%) e controle de doença inflamatória intestinal (25,3%). O presente estudo contribui para o conhecimento das demandas dos pacientes atendidos neste ambulatório de nutrição, evidenciando-se uma alta prevalência de obesidade na população estudada.

A formação, perfil e o processo de inserção dos nutricionistas em clubes de futebol no estado do Rio Grande do Sul, Brasil

qua, 24 dez 2025 10:58:01 -0800

A atuação do profissional nutricionista encontra-se em expansão desde a criação da profissão e sua normatização. A nutrição esportiva tem sido uma das áreas de atuação que mais vem ganhando destaque, visto a importância que um nutricionista tem no planejamento e rotina de treinos que visam desempenho dos atletas. Desta maneira, o presente estudo tem como objetivo principal descrever o processo de atuação do nutricionista esportivo em clubes participantes do campeonato gaúcho de futebol da Série A. A metodologia da pesquisa é de natureza aplicada e descritiva, adotando como procedimento técnico uma abordagem qualitativa. Participaram do estudo 9 nutricionistas de 3 clubes, sendo 7 mulheres e 2 homens, do total de 12 clubes participantes do campeonato gaúcho de futebol da série A. Como instrumento de coleta de dados utilizou-se uma entrevista semiestruturada. Para a análise dos resultados obtidos foi utilizada a técnica de triangulação dos dados. Todos os preceitos éticos foram respeitados. Os resultados mostram que todos os entrevistados optaram pela carreira de nutricionista esportivo por possuírem um vínculo com a prática de esportes, mas somente um tinha ligação com o clube de futebol através de estágios. Compreendeu-se não possuir caminho único de formação a ser percorrido para se tornar um nutricionista esportivo, no entanto, o contato com pessoas da área, e o networking adquirido, parece ter forte influência para conseguir uma vaga em clubes de futebol.

Qualidade de vida laboral e aspectos nutricionais no controle do estresse: uma revisão narrativa

qua, 24 dez 2025 10:55:59 -0800

O estresse caracteriza-se como um processo neurofisiológico, com componentes comportamentais e psicológicos, que influenciam na resposta do sistema nervoso autônomo e endócrino por demandas do ambiente externo e individualidade do ser humano. Objetivo: Descrever a relação do estresse e qualidade de vida laboral, suas interações, impactos fisiológicos, e cuidados nutricionais. Materiais e métodos: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura. Foram realizadas buscas na plataforma BVS e Google Acadêmico, posteriormente, leitura dos títulos, resumos e texto completo com auxílio do aplicativo Rayyan. Resultados e Discussão: As longas jornadas de trabalho, condições insalubres, e desvalorização profissional são fatores que levam à exaustão mental, comprometendo a qualidade de vida, e consequentemente nutrição inadequada. Conclusão: O quadro de estresse está entre as principais doenças contemporâneas que propiciam transtornos alimentares e a nutrição é essencial para seu manejo, demandando atualizações voltadas à promoção da qualidade de vida laboral.

Insatisfação da imagem corporal de pessoas idosas de um centro de referência e atenção ao idoso

Carla François Soares, Ana Luisa Sant' Anna Alves, Daiana Argenta Kümpel — qua, 24 dez 2025 10:53:52 -0800

Envelhecer tem suas particularidades e é percebida por cada pessoa de forma individual. Estudos indicam que uma imagem corporal positiva pode melhorar a autoestima e a motivação social, mas o envelhecimento e suas limitações podem impactar negativamente essa percepção. Este estudo objetivou avaliar a prevalência da insatisfação da imagem corporal de pessoas idosas de um Centro de Referência e Atenção ao Idoso em um município do Rio Grande do Sul. Utilizou-se um questionário padronizado com questões demográficas (sexo, idade, estado marital), socioeconômicas, imagem corporal, satisfação com a vida, peso e altura aferidos. Os dados foram analisados em software de estatística, foram realizadas análises descritivas e inferências. Foram avaliadas 72 pessoas idosas, com predomínio do sexo feminino (87,5%) e faixa etária de 60 a 69 anos (66,57%), e a maioria (77,8%) apresentou insatisfação com a imagem corporal e 51,4% estavam com excesso de peso. A insatisfação com a imagem corporal foi mais prevalente no sexo feminino (81%) e entre aqueles com excesso de peso (86,5%). A satisfação com a vida foi prevalente em 97,2% das pessoas idosas. Este estudo destaca a insatisfação com a imagem corporal, especialmente entre mulheres idosas. Nesse sentido, é essencial promover intervenções que melhorem tanto a saúde física quanto o bem-estar das pessoas idosas.

Estado nutricional e efeitos colaterais da quimioterapia em mulheres com câncer de mama de um centro de referência em Pelotas-RS

sáb, 20 dez 2025 07:04:17 -0800

Introdução e Objetivo: A quimioterapia provoca grandes variações no estado nutricional da paciente e vários efeitos colaterais, como apatia, perda de apetite e alterações no trato gastrointestinal. Este estudo objetivou avaliar o estado nutricional e efeitos colaterais da quimioterapia em mulheres com câncer de mama de um centro de referência em Pelotas/RS. Materiais e Métodos: Estudo quantitativo transversal na Unidade de Oncologia do Hospital Escola da UFPel, com mulheres acima de 18 anos, com câncer de mama, em tratamento quimioterápico. A coleta de dados se deu através de questionário e Avaliação Subjetiva Global produzida pelo paciente (ASG-PPP). Resultados e discussão: Estudo realizado com 40 mulheres, média de 58,9 anos, diagnosticadas há 34,7 meses, em tratamento há 24,4 meses. Os sintomas que se apresentaram em maior prevalência foram saciedade precoce (70%), fadiga (70%) e xerostomia (65%). A maioria da amostra estava acima do peso (85%) de acordo com o índice de massa corporal e de acordo com a ASG-PPP, 95% das mulheres estavam com desnutrição leve/moderada. Conclusão: Encontrou-se alta prevalência de sobrepeso e obesidade e de sintomas associados a quimioterapia. Diante disto, ressalta-se a importância da intervenção do nutricionista na adaptação de orientações dietéticas e monitorização contínua do estado nutricional e dos efeitos gerados pelo tratamento quimioterápico.

Aplicação do escore para avaliação qualitativa de preparações (EAQP) do cardápio em uma unidade de alimentação e nutrição hospitalar de uma capital do nordeste brasileira

sáb, 20 dez 2025 07:01:53 -0800

Introdução: Uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) hospitalar tem como objetivo a oferta de refeições nutricionalmente equilibradas para pacientes, acompanhantes e funcionários do hospital. Para atender o seu objetivo, diferentes cardápios são elaborados. Neste sentido, é importante que os cardápios de UAN sejam constantemente avaliados. Objetivo: Analisar a qualidade das preparações incluídas nos cardápios do almoço de uma UAN hospitalar. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo observacional realizado no período de fevereiro a março/2024, em Maceió, Alagoas. Foram selecionados os cardápios de funcionários/residentes (mês de janeiro e fevereiro) e os de pacientes/ acompanhantes em dieta livre (cardápio único para 6 meses). A qualidade dos cardápios foi analisada através da ferramenta Escore para Avaliação Qualitativa de Preparações (EAQP). Realizou-se análise descritiva das variáveis e aplicou-se o teste qui-quadrado, teste exato de Fisher ou teste de Mann Whitney para verificar as associações entre os grupos de preparações e a qualidade destas. Resultados: Analisaram-se 380 preparações, das quais 61,6% foram classificadas em alta qualidade, 20,3% em qualidade intermediária, 9,7% em baixa qualidade e 8,4% em muito baixa qualidade. A qualidade das refeições para pacientes/ acompanhantes foi superior às destinadas aos residentes e funcionários (p<0,02). Conclusão: Os resultados sugerem que embora a maioria das preparações atinja níveis aceitáveis de qualidade, ainda há espaço para melhorias, especialmente nas categorias de baixa qualidade e muito baixa qualidade. Assim, ajustes nos ingredientes ou forma de preparo podem ser necessários para elevar o padrão nutricional das refeições oferecidas.

Influência da desigualdade socioeconômica nas escolhas alimentares e no aumento da prevalência de obesidade

sáb, 20 dez 2025 06:59:14 -0800

A obesidade afeta grupos populacionais de forma não uniforme, exibindo padrões variados de prevalência, sendo mais alta em certos segmentos da população. O presente estudo teve como objetivo avaliar a influência da desigualdade socioeconômica nas escolhas alimentares e no aumento da prevalência de obesidade. Trata-se de um estudo de revisão narrativa realizada por meio de levantamento bibliográfico, utilizando as bases de dados digitais Pubmed, Scielo, Bireme e Google Acadêmico. As fontes de informação utilizadas foram artigos científicos, materiais do Ministério da Saúde, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Organização Mundial de Saúde (OMS) e diretrizes nacionais e internacionais das áreas de nutrição e medicina. Os resultados indicaram que a escolha por alimentos menos saudáveis e mais calóricos está diretamente relacionada à falta de recursos financeiros e à educação alimentar e nutricional deficiente. Além disso, foi identificado que em países em desenvolvimento, o aumento da prevalência de obesidade nos grupos de baixa renda está associada ao aumento da produção de alimentos ultraprocessados e a dificuldade de acesso a alimentos saudáveis. Embora campanhas nacionais abrangentes sejam fundamentais, como sugerido pelos guias alimentares, é urgente uma reforma das políticas públicas. Dessa forma, há a necessidade de criação de políticas públicas sólidas e contínuas que priorizem um maior acesso à alimentos saudáveis, bem como subsídios para a compra destes, além da necessidade de ampliação de atividade de educação alimentar e nutricional para a população.

Relação entre o consumo de ultraprocessados e o aumento da prevalência de obesidade

sáb, 20 dez 2025 06:56:21 -0800

A obesidade é uma condição complexa de etiologia multifatorial, que atinge a população global. Junto a grande prevalência dessa doença, é possível analisar que a produção e o consumo de ultraprocessados também tiveram um grande aumento e, por isso, sugere-se que essas mudanças, junto a acelerada urbanização, em contrapartida a uma redução do consumo de frutas, aumentam os riscos para obesidade e outras doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Sendo assim, uma das principais causas investigadas na obesidade é a alimentação desbalanceada, tendo os ultraprocessados um papel importante nesse desenvolvimento. Nesse contexto, o objetivo da presente revisão narrativa foi avaliar a relação entre consumo de ultraprocessados e aumento da prevalência de obesidade. Notou-se forte correlação entre o consumo de ultraprocessados e a obesidade, além do desenvolvimento de outras DCNT como diabetes mellitus 2 e doenças cardiovasculares. Como este é um problema mundial de saúde pública, reforça-se a necessidade da promoção de práticas de educação alimentar e nutricional pelos profissionais de saúde e da conscientização da população, além de políticas públicas que estimulem um maior consumo de alimentos in natura e um menor consumo de ultraprocessados.

Associação entre circunferência abdominal e nível de atividade física em estudantes de nutrição

sáb, 20 dez 2025 06:51:48 -0800

A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal e está associada a diversas doenças, como dislipidemia, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, hipertensão e certos tipos de câncer. Indicadores antropométricos, como a circunferência abdominal (CA), são essenciais na avaliação do estado nutricional e de saúde, pois estão fortemente correlacionados com a gordura visceral, um importante fator de risco para doenças metabólicas. A prática regular de atividade física desempenha um papel fundamental na redução desses riscos e na promoção da saúde. Este estudo analisou a associação entre a CA e o nível de atividade física em acadêmicas de Nutrição de uma universidade do sudoeste goiano. A amostra foi composta por 165 estudantes, com idades entre 17 e 35 anos, avaliadas por meio do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ). Os resultados indicaram que 56,9% das participantes apresentavam CA dentro dos padrões normais, enquanto 43,1% tinham valores elevados. Quanto ao nível de atividade física, 56,9% foram classificadas como ativas e 43,1% como insuficientemente ativas. Não foi identificada uma associação estatisticamente significativa entre a CA e o nível de atividade física, nem entre os diferentes turnos acadêmicos das participantes. Conclui-se que, no contexto analisado, não houve correlação entre a CA e o nível de atividade física das acadêmicas da Faculdade de Nutrição da Universidade de Rio Verde.

Caracterização sociodemográfica, antropométrica, clínica, bioquímica e alimentar de idosas com síndrome metabólica institucionalizadas

sáb, 20 dez 2025 06:49:23 -0800

A Síndrome Metabólica pode ser caracterizada como um agrupamento de fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares; sendo elevada a sua prevalência em idosos, principalmente do sexo feminino. Este estudo teve como objetivo identificar os aspectos sociodemográficos, antropométricos, clínicos, bioquímicos e alimentares de idosas com síndrome metabólica institucionalizadas. Trata-se de um estudo do tipo transversal, com abordagem quantitativa. A identificação das idosas com síndrome metabólica foi feita de acordo com os critérios diagnósticos da Organização Mundial da Saúde e da International Diabetes Federation. A coleta dos dados foi realizada por meio da aplicação de questionários e coleta do cardápio semanal da instituição. Foram aferidos peso, altura, circunferências e dobras cutâneas para avaliação antropométrica. As idosas com síndrome metabólica representaram 53,57% da amostra, com idade entre 67 e 94 anos. A maioria referiu não ter filhos, ser sedentária e baixa renda; com diagnóstico de obesidade central, hipertensão arterial e dislipidemia. Houve correlação entre as variáveis antropométricas (exceto a relação cintura-quadril) e bioquímicas, principalmente com a hemoglobina glicada. A alimentação oferecida na instituição é composta pelos alimentos dos vários grupos alimentares, predominando os in natura e minimamente processados; porém, observou-se o consumo dos ultraprocessados e a monotonia das preparações, o que pode repercutir na aceitação da dieta, podendo desfavorecer o controle da SM. Diante disso, ressalta-se a importância de intervenções de saúde, no sentido de melhorar a qualidade de vida dessas idosas.

Perfil socioeconômico e indicadores de saúde em escolares

sáb, 20 dez 2025 06:46:38 -0800

Introdução: O estrato socioeconômico influencia diretamente as condições de saúde e qualidade de vida das populações. O futsal, como uma atividade física amplamente praticada, promove benefícios à saúde, socialização e autoestima, além de refletir as condições socioeconômicas dos praticantes. Este estudo teve como objetivo classificar o estrato socioeconômico, o estado nutricional e a composição corporal de escolares praticantes e não praticantes de futsal. Materiais e Métodos: Foi conduzido um estudo transversal em escolas de Anapurus, Brejo e Buriti, Maranhão, Brasil, envolvendo 851 escolares de 13 a 17 anos. Utilizou-se o questionário da ABEP (2019) para estratificação socioeconômica, IMC para estado nutricional, e o protocolo de Weststrate e Deurenberg para composição corporal. A análise estatística incluiu testes descritivos e de normalidade. Resultados: A maioria dos escolares pertenceu às classes B2 (23%) e DE (20%). Praticantes de futsal estavam concentrados nas classes B2 (24%) e C2 (19%), enquanto não praticantes estavam na classe DE (24%). Praticantes apresentaram menor prevalência de desnutrição (3,17%), sobrepeso (3,52%) e obesidade (1,29%) em comparação aos não praticantes, com maior prevalência de eutrofia (21,38%). Discussão: A prática de futsal está associada a melhores condições nutricionais e sociais, evidenciando barreiras econômicas para classes mais baixas. Os dados corroboram pesquisas anteriores que destacam o impacto positivo da atividade física na saúde. Conclusão: O futsal contribui para melhores indicadores nutricionais e está associado a condições socioeconômicas médias, destacando sua relevância para o desenvolvimento físico e social dos escolares.

Índice de inflamação dietética e associação com o perfil inflamatório em indivíduos com obesidade: um estudo transversal

sáb, 20 dez 2025 06:44:46 -0800

Os padrões alimentares são cruciais para a manutenção de um estado inflamatório, particularmente na obesidade, que está associada à inflamação crônica e a riscos aumentados de doenças metabólicas e cardiovasculares. O Índice Inflamatório da Dieta (IID) foi desenvolvido para avaliar a inflamação relacionada à dieta e seus efeitos sobre marcadores inflamatórios. Este estudo examinou a correlação entre os escores do IID e os perfis inflamatórios sistêmicos em indivíduos com obesidade. Um estudo transversal incluiu 35 pacientes de um centro de tratamento da obesidade. O IID foi calculado utilizando 28 componentes dietéticos derivados de recordatórios alimentares de 24 horas. Amostras de sangue foram analisadas para biomarcadores (IL-4, IL-6, IL-10, IL-17, IFN-γ, TNF-α e leptina). As análises estatísticas incluíram o teste de Mann-Whitney e a correlação de Spearman. Os participantes tinham uma idade média de 34 anos; 71,4% apresentavam obesidade grave, 25,7% hipertensão e 8,6% diabetes. A mediana do DII foi de +0,18 (variação: -2,15 a +2,08). O grupo com dieta anti-inflamatória (ANTI-DII) apresentou níveis de IL-6 mais baixos em comparação ao grupo com dieta pró-inflamatória (31,2 pg/ml vs. 36,8 pg/ml; p=0,034). A análise de sensibilidade, excluindo os diabéticos, confirmou esses achados (p=0,023) e revelou diferenças nos níveis de IL-17 (52,8 pg/ml vs. 52,78 pg/ml; p=0,049). Correlações positivas foram observadas entre IL-4 e o consumo de leguminosas (p<0,01) e entre IFN-γ e o consumo de grãos (p<0,05). Esses resultados sugerem que os padrões alimentares influenciam os perfis inflamatórios na obesidade, destacando o papel da dieta no controle da inflamação e dos riscos à saúde associados.

Avaliação do potencial citotóxico, caracterização nutricional e tecnológica da farinha de coprodutos da abóbora (Cucurbita moschata)

sáb, 20 dez 2025 06:42:30 -0800

O aproveitamento de coprodutos vegetais é uma alternativa de impacto positivo na indústria de alimentos, agroindústria e agricultura familiar. Objetivou-se avaliar o potencial toxicológico e a tecnologia nutricional da farinha de resíduos do processamento da abóbora (Cucurbita moschata). Para tanto, produziu-se as farinhas das sementes (FSA) e casca da abóbora (FCA), bem como a mistura dessas farinhas na proporção de um:um (FSCA). Realizou-se testes preliminares de toxicidade e citotoxicidade, avaliação da cor e granulometria das amostras de coprodutos da abóbora. Os resultados mostraram que as farinhas dos coprodutos separadamente não foram consideradas tóxicas no ensaio de ecotoxicidade. Porém, a farinha dos coprodutos associados demonstrou fraca toxicidade, destacando-se a segurança de um possível isolamento e extração dos princípios ativos das amostras. Na citotoxicidade, houve atividade citotóxica de moderada a fraca, sugerindo atividades de sinergismo entre os compostos e que se precisa de mais investigação e quantificação de compostos. Quanto à cor, as farinhas apresentaram coloração clara com tonalidade amarela. Na granulometria, em torno de 79% da farinha da casca e 72% da farinha da semente apresentaram tamanho inferior a 0,59 mm. Conclui-se que as farinha de coprodutos da abóbora apresentam potencial econômico e tecnológico, com imensas possibilidades de desenvolvimento de novos produtos, ricos em compostos biologicamente ativos, com propriedades tecnológicas viáveis para aplicação em nutrição e outras áreas, como a farmacêutica e cosméticos.

Associação entre obesidade e função pulmonar: uma análise em 2.385 indivíduos adultos

sáb, 20 dez 2025 06:40:27 -0800

Introdução: A obesidade é um problema de saúde mundial, responsável por um número crescente de mortes evitáveis em todas as faixas etárias. Os efeitos da obesidade na função respiratória não são completamente compreendidos. Objetivo: Analisar a associação entre obesidade e função pulmonar em indivíduos adultos, por meio de identificação de distúrbios ventilatórios pulmonares através do exame de espirometria. Materiais e Métodos: Estudo observacional, retrospectivo, analítico e com delineamento epidemiológico transversal. Os dados espirométricos e índice de massa corporal (IMC) foram coletados de 2.385 indivíduos, e a obesidade foi classificada como grau I, II ou III. O teste de espirometria foi realizado para identificar doenças respiratórias e foi correlacionado com o grau de obesidade. Resultados: A maioria da população investigada apresentou obesidade grau I. A capacidade respiratória foi diminuída com o aumento da idade e do grau de obesidade para homens e mulheres, pois foram encontrados comprometimentos de CVF (L), VEF1 (L), VEF1/CVF (%), FEF e PFE de acordo com o predito de cada paciente. Conclusão: o DVR é prevalente com o processo de envelhecimento e com aumento do grau de obesidade. A espirometria demonstra que há comprometimento na função respiratória por acúmulo de tecido adiposo no corpo humano. Destaca-se a importância de analisar os exames espirométricos por intervalo de idade para que se identifique as diferenças nos volumes pulmonares relacionados à senescência dos indivíduos adultos obesos, impactando no diagnóstico e conduta terapêutica pelos profissionais de saúde.

Fatores associados ao consumo de fibras na população idosa: dados do estudo epidoso

sáb, 20 dez 2025 06:38:22 -0800

Introdução: O consumo adequado de fibras é fundamental para a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis em todas as fases da vida, devido ao seu efeito prebiótico e na regulação dos níveis de colesterol e glicose sanguíneos. Objetivo: Descrever o consumo e avaliar fatores associados à ingestão de fibras entre idosos participantes de uma coorte populacional. Materiais e métodos: Avaliamos 166 idosos acompanhados pelo Projeto EPIDOSO em São Paulo, Brasil. Dados de consumo alimentar foram coletados utilizando três Recordatórios de 24hs. Foi realizada análise de regressão linear através de modelo hierarquizado para avaliar a associação de variáveis independentes com o consumo de fibras. Resultados: A prevalência de inadequação no consumo de fibras foi de 75,3%. As variáveis que apresentaram associação foram o excesso de peso (β= -0,11; IC= -0,09, -0,02), consumo de bebida alcóolica (β= -0,09; IC= -0,17, -0,01), ingestão média de gorduras (β= -0,39; IC= -0,61, -0,16) e ingestão média de folato (β= 0,29; IC= 0,12, 0,45). Discussão: Os resultados evidenciam uma elevada prevalência de inadequação no consumo de fibras, corroborando com outros estudos de base populacional realizados no Brasil. No presente estudo, o consumo inadequado de fibras esteve associado a fatores como o excesso de peso, consumo de bebida alcoólica, consumo de gorduras e de folato. Conclusão: O baixo consumo de fibras observado enfatiza a necessidade da promoção de hábitos alimentares saudáveis na população idosa, visando o aumento do consumo de alimentos fonte de fibras e a prevenção de agravos de saúde causados pela ingestão deficiente deste nutriente.

Imagem corporal e compulsão alimentar em adolescentes de escola privada do sudoeste da Bahia

sáb, 20 dez 2025 06:36:20 -0800

Introdução: Adolescência é marcada por intensas mudanças de desenvolvimento físico, social e psicológico. Estas quando associadas a padronização de imagem, amplamente estimulada através de diversos espaços midiáticos, pode vir a favorecer o surgimento de inseguranças relacionadas a autopercepção corporal e, consequentemente, possíveis alterações no comportamento alimentar. Objetivo: Investigar a prevalência da insatisfação da imagem corporal e a compulsão alimentar em adolescentes matriculados em uma instituição de ensino particular do sudoeste da Bahia. Materiais e Métodos: Estudo transversal, descritivo e de campo, onde foram utilizados para a coleta de dados: questionários Body Shape Questionnaire (BSQ) e Eating Attitude Test (EAT-26), e dados antropométricos de peso e estatura para a avaliação e classificação nutricional de acordo com o Ministério da Saúde. Resultados: O público-alvo foi composto por 18 adolescentes do 1º ao 3º ano do ensino médio, em que a maioria apresentou estatura adequada e eutrofia em relação ao Índice de Massa Corporal (IMC), mas a presença de sobrepeso foi observada em 8,7% dos adolescentes, dado este preocupante. Em relação à insatisfação de imagem corporal, observou-se que 39,1% dos estudados apresentou na classificação de leve a grave insatisfação. Conclusão: O risco de desenvolvimento de compulsão alimentar e a insatisfação com a imagem corporal estiveram presentes e se mostraram expressivos nos participantes investigados. Tal fato destaca a necessidade do desenvolvimento de intervenções educativas envolvendo um planejamento com todos (diretores, educadores, pais, entre outros), para que possam corroborar com a conscientização dos alunos em relação à temática e atenuar os efeitos deletérios à saúde.

O efeito do acompanhamento nutricional e psicológico pós-cirurgia bariátrica nos sintomas de transtorno de compulsão alimentar

sáb, 20 dez 2025 06:34:25 -0800

Introdução: A Cirurgia Bariátrica surgiu como uma alternativa para tratamento da obesidade. Apesar dos benefícios da cirurgia, tal procedimento pode causar alterações comportamentais nos indivíduos que não tiveram acompanhamento devido no pré e pós CB. Objetivo: O estudo teve como objetivo avaliar a influência do acompanhamento nutricional e psicológico em pacientes pós-cirurgia bariátrica no transtorno de compulsão alimentar. Materiais e Métodos: Tratou-se de uma pesquisa do tipo transversal, quantitativa de caráter descritivo, cuja coleta foi feita de forma online, divulgada em mídias sociais. Indivíduos que após observarem os critérios de inclusão e se considerarem aptos a participar, preencheram o formulário via google forms. Resultados: Participaram da pesquisa 51 indivíduos, sendo apenas 5 do sexo masculino, idade média de 37,88 anos, IMC médio de 31,8 kg/m² e pontuação média de 12,31 na ECAP. Do total de participantes, 50,9% passaram por acompanhamento psicológico. Em relação ao acompanhamento nutricional, 66,67% passaram por acompanhamento. Os indivíduos que não realizaram acompanhamento nutricional e psicológico atingiram uma pontuação maior na ECAP do que os indivíduos que passaram por acompanhamento. Conclusão: Percebeu-se uma correlação estatisticamente significante para o acompanhamento nutricional e psicológico, com significância clínica quando comparados à ECAP. Os resultados deste estudo ressaltam a importância do acompanhamento interdisciplinar e multiprofissional tanto no pré quanto no pós-cirúrgico de CB.

Risco da sarcopenia em indivíduos com neoplasia do sistema gastrointestinal internados em unidade de terapia intensiva

sáb, 20 dez 2025 06:32:24 -0800

Introdução: A sarcopenia é uma condição clínica relevante, caracterizada pela redução generalizada de força e massa muscular, podendo influenciar o prognóstico do indivíduo com câncer. Os tumores do sistema gastrointestinal são alguns dos mais prevalentes, incluindo as neoplasias que se estendem desde a parte proximal da boca até órgãos como esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, vesícula biliar, fígado, pâncreas e reto. Objetivo: Avaliar o risco da sarcopenia em indivíduos com neoplasias do sistema gastrointestinal. Materiais e métodos: Estudo observacional do tipo coorte prospectiva onde foram avaliados indivíduos internados em três UTIs de um hospital de grande porte e de alta complexidade do interior do estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Resultados: Foram avaliados 17 pacientes com câncer gastrointestinal. O risco de sarcopenia foi de 64,70% na admissão na UTI, na alta o risco de sarcopenia foi de 42,85%. Houve redução da pontuação do questionário SARC-F na alta da UTI em comparação a admissão, indicando uma redução do risco de sarcopenia da amostra estudada. Conclusão: A maioria dos pacientes com câncer gastrointestinal apresenta um declínio no estado nutricional e funcional, pela própria doença de base. Apesar disso, os resultados indicam melhora do risco de sarcopenia. Acredita-se que, bem implementado um protocolo de reabilitação física, grandes são as chances de um melhor prognóstico e um menor risco de desenvolver sarcopenia.

Estado nutricional, atitudes alimentares disfuncionais e imagem corporal de mães no contexto dos transtornos alimentares: um estudo comparativo

sáb, 20 dez 2025 06:30:28 -0800

Objetivo: Identificar comportamentos de risco de mães cujas filhas apresentam transtorno alimentar e compará-los com mães de filhas sem essa condição. Materiais e métodos: Estudo observacional, descritivo, transversal, com abordagem quantitativa. A amostra foi composta por 13 mães de pacientes com transtorno alimentar em tratamento em serviço especializado do interior do estado de São Paulo (grupo transtorno alimentar) e 10 mães de filhas sem essa condição (grupo controle). A faixa etária da amostra variou de 30 anos a 59 anos, sendo que idade das filhas foi dos 12 aos 40 anos. Foram coletados dados sociodemográficos e antropométricos, além da aplicação de escala de avaliação sobre atitudes alimentares transtornadas (Teste de Atitudes Alimentares) e imagem corporal (Escala de Figuras de Silhuetas). Resultados: Em mediana, as mães do grupo transtorno alimentar apresentaram estado nutricional adequado (Índice de Massa Corporal: 23,74Kg/m²) e elevado risco cardiovascular (circunferência da cintura: 85cm), enquanto as do grupo controle tinham sobrepeso (Índice de Massa Corporal: 26,82Kg/m²) e risco muito elevado (circunferência da cintura: 90cm). Quanto às atitudes alimentares observou-se que o escore foi semelhante nos dois grupos, porém com intervalo maior no grupo transtorno alimentar. Um terço do grupo controle apresentou resultado positivo para o Teste de Atitudes Alimentares (>21 pontos), além de maior inacurácia e insatisfação corporal quando comparadas ao grupo transtorno alimentar, porém sem diferença significativa. Conclusão: Comportamentos de risco foram observados em ambos os grupos e ações de prevenção seletiva direcionadas às famílias, e principalmente às mães, são recomendadas para uma melhor adequação antropométrica e relação com a alimentação e o corpo com vistas à redução de risco dessas graves doenças.

Relação entre composição corporal e o consumo de macronutrientes no desempenho cognitivo

sáb, 20 dez 2025 06:28:14 -0800

Introdução: Este estudo avalia a associação entre a composição corporal, o consumo de macronutrientes e o desempenho cognitivo de praticantes de basquetebol e voleibol, destacando a importância da saúde física e mental. Objetivo: O principal objetivo consiste em investigar a relação entre a composição corporal dos praticantes de atividade física, com ênfase nas variáveis de massa magra e massa gorda, e examinar de que forma a ingestão de macronutrientes se relaciona com as melhorias no desempenho cognitivo. Materiais e Métodos: A pesquisa foi realizada com 16 homens praticantes de basquetebol e voleibol, com idades entre 18 e 35 anos, da Clínica e Academia Escola de Educação Física (CAEF), da UNICENTRO. Os dados foram obtidos através de questionários estruturados e avaliações antropométricas. O consumo se deu através do registro do consumo alimentar de três dias. Resultados: Os participantes apresentaram percentual médio de gordura de 13,8%. Encontrou-se correlação positiva entre o consumo de carboidratos e o tempo de reação tanto congruente (r = 0,92; p<0,05), quanto incongruente (r = 0,84; p<0,05), indicando que pacientes com maior consumo de carboidratos apresentam maiores tempos de reação. A proteína apresentou um β de -42,46 com (95% CI: -91,12 - 6,18), portanto não significativa. Conclusão: Os resultados indicam que a quantidade correta de carboidratos é importante para o desempenho cognitivo; no entanto, a conexão entre a composição corporal e as funções cognitivas não ficou suficientemente clara no presente estudo. Mais pesquisas são necessárias para esclarecer melhor a associação entre as variáveis relacionadas a composição corporal e as funções cognitivas em populações maiores e mais heterogêneas.

Consumo alimentar e cronotipo de mulheres atendidas em uma clínica-escola de nutrição

Roberta Mi Kyong Kim Cho, Marcia Nacif Pinheiro — sáb, 20 dez 2025 06:25:45 -0800

Introdução: A crononutrição está baseada na relação entre padrões alimentares, ritmo circadiano e funções biológicas do organismo. Estudos recentes sugerem que alinhar o relógio biológico e o cronotipo (matutino, intermediário e vespertino) promoverá o funcionamento adequado do organismo e a prevenção de disfunções metabólicas que poderão desencadear obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. As mulheres são um grupo de estudo importante, já que o cronotipo desta amostra pode ser modificado durante as fases da vida. Objetivo: Identificar a relação entre o consumo alimentar e o cronotipo de mulheres atendidas em uma clínica-escola de nutrição de uma universidade de São Paulo. Materiais e Métodos: Estudo transversal, com dados secundários de prontuários de mulheres atendidas na clínica-escola. O cronotipo foi classificado por meio do Questionário de Matutinidade-Vespertinidade de Horne e Östberg (1975) e, os dados, analisados por meio de variáveis qualitativas e quantitativas. Resultados: Foram avaliadas 34 mulheres (50% matutinas; 26,47% intermediárias; 23,53% vespertinas); 11,76% entre 20 e 60 anos foram classificadas como obesidade (matutino e intermediário) e, 14,72% (matutino) e 2,94% (intermediário), sobrepeso. A ingestão de lipídios das mulheres de todas as categorias ultrapassou a recomendação. Os horários de jantar variaram entre as 19h56 e as 20h54 e, os de ceia, entre as 21h52 e as 22h07. Conclusão: A alta ingestão energética em horários mais tardios pode influenciar na composição corporal, aumentando o percentual de gordura. Para esclarecer a relação de cronotipo e diagnóstico nutricional adequado, mais pesquisas são necessárias para projetar intervenções dietéticas como estratégia preventiva.

Perfil sociodemográfico, clínico e nutricional de pacientes oncológicos em tratamento quimioterápico em um hospital do baixo amazonas

sáb, 20 dez 2025 06:23:28 -0800

Introdução: O câncer é um crescimento desordenado de células, que pode afetar órgãos e tecidos. Os tratamentos principais incluem quimioterapia, radioterapia e cirurgia. A quimioterapia pode causar efeitos colaterais como náuseas, vômitos, mucosite oral, inapetência, perda de peso, entre outros. A desnutrição, decorrente da doença, pode comprometer a resposta à terapêutica, sendo essencial uma intervenção nutricional. Objetivo: Identificar o perfil sociodemográfico, clínico e nutricional de pacientes oncológicos em tratamento quimioterápico. Materiais e métodos: Estudo descritivo, quantitativo e transversal, realizado com 40 pacientes oncológicos em tratamento no ambulatório de quimioterapia do Hospital Regional do Baixo Amazonas. A coleta de dados ocorreu entre abril e junho de 2024, através de um formulário estruturado contendo dados clínicos, antropométricos e sociodemográficos. A análise dos dados foi realizada através do Microsoft Excel e SPSS (versão 20.0). Resultados: Observou-se a prevalência de mulheres, com diagnósticos de câncer de mama, gástrico, colo uterino e reto. Os sintomas mais relatados foram náuseas, astenia, inapetência, perda de peso, diarreia, mucosite oral, xerostomia, êmese, alteração de paladar e constipação. No perfil antropométrico prevaleceram sobrepeso e obesidade, assim como sinais de desnutrição e perda de peso. Conclusão: A orientação nutricional é fundamental para melhor qualidade de vida dos pacientes e um prognóstico mais favorável.

Qualidade de vida de idosos, segundo variáveis sociodemográficas e de comportamento alimentar

sáb, 20 dez 2025 06:21:18 -0800

Introdução: No Brasil, a população idosa tem aumentado significativamente nos últimos anos. Desta forma, é essencial dedicar uma maior atenção aos hábitos e comportamentos alimentares, garantindo uma boa qualidade de vida. Objetivo: Descrever a qualidade de vida segundo variáveis demográficas, socioeconômicas e de comportamento alimentar do idoso. Materiais e Métodos: Este estudo englobou idosos de Várzea Grande, tanto do sexo feminino quanto masculino, com idade entre 60 e 79 anos. A abordagem de pesquisa empregada foi de caráter transversal e quantitativo, com uma abordagem descritiva através da aplicação de questionários. A técnica utilizada para coleta de dados consistiu na realização de perguntas orais sobre variáveis socioeconômicas e comportamentais pelos autores do estudo, sendo registradas manualmente em questionário impresso. Resultados: Foram investigados 312 idosos, sendo a maioria com percepção da qualidade de vida ruim (54,2%, n=169). Ao analisar a qualidade de vida a partir dos fatores demográficos, a percepção ruim era maior entre os homens (55,4%), com idade entre 75-79 anos (76,6%) e viúvos (61,8%). Em relação às variáveis socioeconômicas a percepção ruim foi maior em indivíduos com ensino médio (57,1%) e com renda de 2,1 a 3 salários-mínimos (65,8%). Com relação às variáveis de comportamento alimentar a qualidade de vida ruim foi maior quando outro membro do domicílio era responsável pelas compras (57,1%) e pelo preparo das refeições, sendo este pelo sexo masculino (71,4%). A mesma percepção foi evidenciada quando o idoso não realizava em companhia suas refeições (59,2%). Conclusão: A percepção de qualidade de vida ruim foi mais prevalente entre os idosos do sexo masculino, viúvos, com formação até o ensino médio, recebendo até 3 salários, não responsáveis pela compra ou preparo de suas refeições, e quando estas eram realizadas sem companhia.

Fatores que interferem na adesão ao tratamento nutricional em pacientes com obesidade vinculados ao projeto de extensão times

Lucilene Davila dos Santos , Eliane Fatima Manfio, Caroline D'Azevedo Sica — sáb, 20 dez 2025 06:19:31 -0800

Introdução: A obesidade é um problema de saúde pública que tem afetado cada vez mais pessoas em todo o mundo. Objetivo: Investigar as principais dificuldades que pacientes com obesidade, atendidos em um projeto de extensão, enfrentam na adesão ao tratamento nutricional. Materiais e Métodos: Utilizou-se abordagem mista, com delineamento transversal. A população contemplou pacientes adultos de 18 a 59 anos de idade com IMC acima de 30 kg/m², do Projeto de Extensão TIMES. Para caracterizar a amostra, utilizou-se um questionário com questões objetivas sobre estilo de vida, atividade física e preferências alimentares, e questões subjetivas que auxiliaram na identificação dos fatores que interferem na adesão ao tratamento nutricional. Resultados: A amostra foi de 22 participantes entrevistados, 77,3% mulheres entre 40 e 59 anos, com prevalência de comorbidades. Ansiedade, motivação, barreiras emocionais, maus hábitos, comorbidades e preocupação com a saúde foram as principais dificuldades relatadas pelos pacientes. A eficácia do tratamento nutricional está associada a fatores emocionais e sociais que interferem na aderência ao tratamento. Conclusão: O atendimento a esses pacientes com obesidade requer uma abordagem abrangente e integrada, uma vez que as causas desse excesso de peso são complexas e multifatoriais.

Avaliação antropométrica de escolares: subsídio para políticas públicas

qua, 17 dez 2025 15:45:00 -0800

Introdução: As mudanças ocorridas no Brasil acarretam diretamente no padrão de saúde e de consumo alimentar, levando a um aumento no consumo de ultraprocessados, refeições rápidas e à crescente obesidade. Avaliar o estado nutricional das crianças em idade escolar é importante para a efetivação da vigilância alimentar e nutricional, permitindo a identificação de fatores de risco, com vistas a atuar sobre eles desde a infância. Objetivo: Analisar o estado nutricional de escolares, segundo o gênero e a idade. Materiais e métodos: Estudo transversal com escolares matriculados em instituições públicas de um município no sul de Minas Gerais. Foram coletados dados demográficos e antropométricos. O estado nutricional foi classificado pelo Índice de Massa Corporal por Idade (IMC/I). Utilizou-se o teste t para a comparação entre os gêneros, e o teste do qui-quadrado e a regressão linear para verificar a associação entre as variáveis. Para todos os testes utilizados, adotou-se o nível de significância de 5%. Resultados: Foram avaliados 1.861 escolares com idades entre 4 e 9 anos. A prevalência de excesso de peso foi de 32,7%, sendo significativamente maior nos meninos (p=0,02). O sexo masculino apresentou maior massa corporal e IMC/I (p<0,01). Verificou-se que, entre os meninos, na faixa etária de 6 anos, o IMC/I apresentou um aumento significativo. Conclusão: A prevalência de sobrepeso e obesidade foi elevada e preocupante, o que revela a necessidade de estratégias de orientação nutricional que contribuam para um adequado estado de saúde infantil e para a prevenção de doenças.

Formação continuada de professores na promoção da alimentação saudável: limites e possibilidades

qua, 17 dez 2025 15:43:11 -0800

A Formação Continuada em Saúde e Nutrição é um desafio para os educadores, visto a importância da promoção da alimentação saudável no ambiente escolar e que seja visto como um tema transversal no currículo escolar. Estudo descritivo que avaliou o conhecimento de alimentação e nutrição de professores, por meio da análise de dados do questionário aplicado, durante o Curso de Extensão: “Formação Continuada Virtual de Professores”, desenvolvido via online, no Ambiente Virtual de Aprendizagem, por meio de encontros virtuais temáticos integrados a outras atividades educativas. Avaliou-se o conhecimento nutricional da amostra por meio do Questionário de Conhecimentos em Nutrição para Adultos. O estudo contou com uma amostra de 225 professores com predominância do sexo feminino (90,7%). Os cursistas apresentaram conhecimento moderado em nutrição (51,6%) e não houve diferença estatisticamente significativa mediante a comparação do conhecimento nutricional com o IMC dos participantes deste estudo (p=0,072). Reforça-se a importância da formação continuada de professores como promotores da saúde, a fim de influenciar positivamente na formação dos hábitos alimentares saudáveis.

Menos carboidratos, mais gordura corporal: estudo do impacto do consumo de carboidratos na antopometria de praticantes de exercício físico

qua, 17 dez 2025 15:40:40 -0800

Este estudo avaliou o consumo de carboidratos e sua relação com a composição corporal e ingestão alimentar de praticantes de exercício físico. Os prontuários de pacientes atendidos de janeiro a agosto de 2023 em uma Clínica Escola de Nutrição foram consultados. A partir da amostra selecionada (n=30) os dados da anamnese, recordatório de 24h (R24H), diário alimentar (DA), e antropometria foram coletados. O percentual de gordura corporal foi estimado pelas equações baseadas no somatório das dobras cutâneas bicipital, tricipital, subescapular e suprailíaca. Para as análises, a amostra foi dicotomizada em dois grupos: MENOS CHO e MAIS CHO, de acordo com o consumo de carboidratos. O consumo médio de carboidratos no R24H foi de 173g (2,7 g/kg) no grupo MENOS CHO, e 327g (5,3 g/kg) no MAIS CHO. Este padrão foi confirmado pelos registros no DA (p<0,05). Todos os participantes do grupo MENOS CHO praticavam musculação e mostraram um consumo calórico em déficit com as necessidades energéticas (>500 kcal), de acordo com o R24H (p<0,05). O grupo MENOS CHO também mostrou consumo inadequado em 28,8% de fibras alimentares, de acordo com R24H e DA (p<0,05). As maiores médias de gordura corporal, IMC e circunferência do quadril foram encontradas no grupo MENOS CHO (p<0,05). Entretanto, a massa livre de gordura foi semelhante entre os grupos (p>0,05). Este estudo evidenciou que a restrição de carboidratos não estava associada a uma melhor composição corporal em praticantes de exercício.

Avaliação da efetividade e dos impactos do tratamento da obesidade por meio de cirurgias bariátricas em mulheres com até 30 anos de idade

qua, 17 dez 2025 15:37:02 -0800

Em 1985 a obesidade foi definida como “uma doença crônica não transmissível”. Hoje sabe-se que é fator predisponente para várias patologias, como diabetes, dislipidemia, doenças cardiovasculares e articulares. Para tratar essa doença, na década de 60, foi introduzido o conceito cirurgia bariátrica, sendo as derivações gástricas em “Y” de Roux as mais utilizadas. Atualmente, no Brasil, 70% dos pacientes são mulheres entre 35 e 50 anos. Baseada nessa casuística, o presente estudo objetivou avaliar o impacto do tratamento da obesidade por meio das cirurgias bariátricas em mulheres até 30 anos. Para tanto, foi criado um sistema de códigos que envolveram características antropométricas e vulnerabilidades. Foram elencados para as quatro fases distintas: pré-operatório; controle do 1º mês; 3º mês; e 6º mês. Para a análise dos desfechos, foi definido para cada código programado um peso, que serviu de ponderador, dando uma visão parametrizada da importância de cada registro na evolução favorável (positivos) e desfavoráveis (negativo). Também foi criado o conceito chamado de DELTA, que exprime parametricamente a evolução dos pacientes. O estudo analisou 30 mulheres com 25 itens de análise diferentes. Foram realizados, no total, 439 registros, sendo 207 no pré e 232 no pós-operatório. A média dos DELTAS foi de 31,85 ±10,86 (positivo). Pacientes jovens apresentam maior aderência às mudanças de vida decorrentes do pós-operatório, o que leva a obtenção de desfechos mais favoráveis ao tratamento dessa doença crônica, a obesidade, trazendo maior probabilidade de um futuro envelhecimento mais saudável, com melhor qualidade de vida.

Triagem dos transtornos alimentares e nível de atividade física em estudantes de medicina

qua, 17 dez 2025 15:34:58 -0800

Introdução: Transtornos Alimentares (TA) são condições psicopatológicas prevalentes na sociedade, principalmente no sexo feminino e possuem relação com práticas de exercícios físicos. A análise da prevalência dos transtornos alimentares em estudantes de medicina, praticantes ou não de exercícios físicos, é importante pois estes estão ligados a fatores de risco como: indivíduos jovens, alimentação inadequada e incorreto controle do peso. Objetivo: Analisar a triagem dos transtornos alimentares e o nível de atividade física em estudantes de medicina. Materiais e Métodos: Adotou-se uma abordagem transversal com avaliação de 279 estudantes de medicina, no 2º semestre de 2023. A coleta de dados foi realizada por meio de formulários Eating Disorder Examination Questionnaire, Questionário Internacional de Atividade Física e um questionário sociodemográfico, aplicados presencialmente. Resultado: Com base na análise dos dados realizada pelo SPSS, a amostra foi homogênea em relação ao sexo. A maior parte dos estudantes é fisicamente ativa e não possui quadros sugestivos de transtornos alimentares. Observou-se uma prevalência de transtornos alimentares na amostra de 10,8%. Conclusão: Hábitos alimentares inadequados podem ter relação com faixa etária, sexo feminino, padrões de corpos e familiares, entretanto, esse padrão não foi observado neste trabalho. Assim, sugerem-se investigações posteriores mais específicas para os diagnósticos. Dessa forma, os transtornos poderão ser rastreados mais precocemente, gerando um diagnóstico e um tratamento mais eficaz.

Alterações da composição corporal em adultos atendidos em um ambulatório de nutrição de acordo com a presença de obesidade definida pelo índice de massa corporal

qua, 17 dez 2025 15:32:27 -0800

A obesidade é crescente na população mundial e constitui fator de risco para desenvolvimento de outras doenças. Além dela, a Obesidade Sarcopênica (OS) é uma alteração caracterizada pelo excesso de gordura corporal acompanhado de massa muscular reduzida e que ainda é pouco explorada. Esse estudo teve como objetivo avaliar a frequência de alterações da composição corporal em adultos atendidos em um ambulatório de nutrição, de acordo com a presença de obesidade definida pelo índice de massa corporal. Estudo de carácter descritivo, quantitativo, transversal com coleta de dados secundários, a partir das anamneses nutricionais aplicadas durante a primeira consulta. Foram coletados dados sociodemográficos, clínicos, dietéticos e antropométricos (peso, estatura e percentual de gordura corporal obtido a partir de bioimpedância elétrica (BIA) tetrapolar (Maltron®). Para estudo das alterações da composição corporal, a amostra foi estratificada a partir do Índice de massa corporal (IMC), sendo <30 e ≥ 30 Kg/m². A amostra foi composta por 59 indivíduos, destes 71,2% eram do sexo feminino e 67,8% adultos jovens. A obesidade, definida pelo IMC, foi observada em 47,5% dos indivíduos. O excesso de tecido adiposo e a OS foi identificada em 57,6% e 13,6% da amostra respectivamente, e mesmo nos indivíduos com IMC <30 Kg/m²essas condições foram detectadas (45% de excesso de tecido adiposo e 13% de OS). 42% dos indivíduos com IMC <30 Kg/m² apresentaram risco para doenças cardiovasculares. Concluiu-se que as alterações relacionadas ao excesso de gordura corporal foram frequentes neste estudo, mesmo quando não é identificada obesidade a partir do IMC e a OS foi verificada em adultos.

Perfil antropométrico e composição corporal de mulheres com fibromialgia

Márcio Bruning, Jonato Prestes, Leonardo Pestillo de Oliveira — qua, 17 dez 2025 15:29:18 -0800

Introdução: A fibromialgia (FM) é uma doença complexa, caracterizada por sintomas físicos e psicológicos. Pior sintomatologia é atribuída a vários fatores, dentre eles a composição corporal. O objetivo do presente estudo foi avaliar o perfil antropométrico e composição corporal de mulheres com FM. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo transversal com 93 mulheres diagnosticadas com FM, com uma média de idade de 49,0 ± 9,8 anos. As informações sociodemográficas foram coletadas por meio de um questionário estruturado. Para avaliar o impacto da FM na saúde das mulheres, foi utilizado o Questionário Revisado de Impacto da Fibromialgia (FIQR). A avaliação da composição corporal foi realizada usando uma bioimpedância elétrica tetrapolar, modelo InBody 570. Resultados: Foram encontrados valores médios para peso corporal de 75,6 ± 14,4 kg, IMC de 29,5 ± 5,2 kg/m², gordura percentual de 42,6 ± 7,0%, massa muscular esquelética de 23,2 ± 3,0 kg e circunferência da cintura de 87,4 ± 11,0 cm. Obesidade e sobrepeso representaram 43,0% e 35,5% da amostra, respectivamente. Níveis de gordura percentual muito alta (≥ 32%) foram encontrados em 93,5% das mulheres. Risco aumentado e alto para doenças metabólicas, de acordo com a circunferência da cintura, representaram 25,8% e 51,6% da amostra, respectivamente. Conclusão: Alta prevalência de sobrepeso e obesidade foi encontrada em mulheres com FM, com elevado nível de gordura corporal total e abdominal. Os achados sugerem um aumento substancial do risco de doenças metabólicas nessa população. Incentivos para a perda de gordura corporal são altamente recomendados.

Perfil dos pacientes submetidos à cirurgia bariátrica em um hospital público de referência no Maranhão

qua, 17 dez 2025 15:27:06 -0800

Introdução: A obesidade aumenta a probabilidade de doenças crônicas não transmissíveis, assim como, prejuízos sociais e psicológicos. Uma opção de tratamento para obesos que não conseguiram emagrecer com os métodos tradicionais é a cirurgia bariátrica e a identificação do perfil destes pacientes permitirá a elaboração de estratégias para o manejo da obesidade e evitar seus agravos no Serviço de Cirurgia Bariátrica. Objetivos: Descrever o perfil dos pacientes submetidos à cirurgia bariátrica em um hospital público de referência. Materiais e Métodos: Estudo descritivo, realizado com dados de prontuário eletrônico de pacientes a partir de 18 anos submetidos à cirurgia bariátrica. Foram avaliadas características sociodemográficas, de estilo de vida, clínicas e antropométricas. Resultados: Foram incluídos 116 indivíduos. A maioria era do sexo feminino, morava na capital e com média de idade de 43 anos. Mais da metade dos pacientes se declarou como solteira, parda e com ensino médio completo. O tipo de cirurgia bariátrica mais realizada foi o sleeve gástrico. O índice de massa corporal (IMC) médio dos pacientes foi de 47 kg/m² na triagem inicial e de 45 kg/m² no momento da cirurgia. A grande maioria afirmou prática de atividade física, negou tabagismo e negou etilismo. Nenhum paciente relatou o uso de narcóticos. Os transtornos psiquiátricos foram observados em alguns pacientes, principalmente a ansiedade generalizada. As comorbidades foram altamente prevalentes e a maioria apresentou esteatose hepática não alcoólica. Conclusão: Espera-se que os presentes achados contribuam para o planejamento de políticas pública sobre a prevenção da obesidade, bem como de suas complicações.

Prevalência da aglomeração de fatores comportamentais de risco para doenças crônicas não transmissíveis em adolescentes

qua, 17 dez 2025 15:24:28 -0800

Introdução: O estilo de vida inadequado durante a adolescência representa um fator de risco preocupante para as Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT) na fase adulta. Objetivo: Estimar a prevalência e a associação de aglomeração de fatores comportamentais de risco para DCNT entre adolescentes. Materiais e Métodos: Estudo transversal e analítico, realizado com adolescentes escolares em 2018. Os dados analisados foram coletados por meio de questionários estruturados referentes à aglomeração de fatores comportamentais de risco para DCNT, sociodemográficos e condições clínicas. A aglomeração dos fatores foi definida como a concomitância de três fatores. Realizou-se análise descritiva e inferencial dos dados coletados. Resultados: O fator de risco mais frequente na população estudada foi consumo inadequado de refrigerante, seguido de gorduras, doces, e não participação nas aulas de Educação Física. As variáveis associadas à aglomeração de três ou mais fatores comportamentais de risco para DCNT na análise bruta foram gênero, idade, gordura visceral, constipação intestinal e força abdominal. Dos adolescentes, 47,5% apresentaram pelo menos três fatores de risco aglomerados. Conclusão: Houve elevada prevalência de aglomeração de fatores de risco em adolescentes com alta prevalência do consumo de refrigerante e não participação na aula de educação física. Como preditores para o desfecho do estudo mostrou-se associado com a aglomeração de fatores de risco para DCNT a idade, o sexo, a presença de constipação intestinal e a ausência da força abdominal.

Avaliação do consumo alimentar e risco de disbiose Intestinal em idosos nordestinos

qua, 17 dez 2025 15:22:31 -0800

A disbiose é caracterizada pela diminuição no número de bactérias benéficas e aumento de bactérias patogênicas, com comprometimento do sistema imune do hospedeiro e, por consequência, influencia no aparecimento de outras doenças, devido às alterações na diversidade, mudança espacial ou numérica da população microbiana no corpo humano. O objetivo do estudo foi avaliar o consumo alimentar e o risco de disbiose intestinal em idosos de uma cidade do interior do Piauí. Trata-se de uma pesquisa de natureza observacional, caráter transversal e abordagem quantitativa dos dados. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação de três questionários: perfil sociodemográfico e econômico, questionário de avaliação do risco de disbiose intestinal e o questionário de frequência alimentar. Constituíram a amostra do estudo 58 idosos, sendo 70,7% do sexo feminino e 29,3% do sexo masculino, com a faixa de idade se entre 60-89 anos, com a média de idade de 68,5 anos. Os resultados sugeriram uma média prevalência de risco para o desenvolvimento de disbiose intestinal entre a população estudada 82,8%. Esses resultados podem estar diretamente relacionados com as características socioeconômicas dessa população, assim como os seus hábitos de vida, principalmente no que se refere à alimentação. Desta forma, fica evidente a necessidade de levar aos idosos informações sobre a importância de mudanças no estilo de vida que irão atenuar a prevalência de disbiose e ocasionar a melhoria da qualidade de vida desses pacientes.