A importância da atividade fí­sica para portadores de esclerose múltipla obesos

  • Rafael de Melo Porto Programa de Pós-Graduação Lato-Sensu em Obesidade e Emagrecimento da Universidade Gama Filho - UGF
  • Vagner Raso Programa de Pós-Graduação Lato-Sensu em Obesidade e Emagrecimento da Universidade Gama Filho - UGF
Palavras-chave: Esclerose múltipla, Obesidade, Atividade física, Exercícios físicos, Qualidade de vida

Resumo

O estudo, que enfatiza a importância da prática de atividade física para indivíduos obesos com esclerose múltipla, demonstra como o exercício físico ameniza determinadas limitações de portadores de esclerose. A prática de atividade física consiste em um importante mecanismo para a redução do peso corporal, sobretudo em indivíduos com esclerose múltipla. O processo de emagreci-mento depende de vários fatores como o número de células adiposas, hereditariedade, normalidade do sistema hormonal e principal-mente do gasto energético. Ou seja, uma variedade de fatores contribui para um quadro de obesidade, e a esclerose múltipla encaixa-se como agravante no tocante emagrecimento. A esclerose múltipla é uma doença crônica degenerativa, que por muito tempo, fez com que seus portadores levassem uma vida sedentária. Eles eram orientados a economi-zar energia e a reduzir seu nível de atividade física. Com isso, o risco de exacerbação dos sintomas da doença diminuiria e facilitaria o controle da fadiga. Portanto, um estilo de vida sedentária aumenta a probabilidade de desen-volver outras doenças associadas à redução da pratica de atividades físicas, entre elas, a obesidade. A partir de pesquisas recentes e da minha experiência com pessoa com esclerose múltipla, este trabalho apresentará informa-ções sobre as características da doença, nível de atividade física e exercícios físicos, obesidade e fatores que afetam a qualidade de vida no portador de esclerose Multipla.

Referências

- Anjos, L.A. Obesidade nas sociedades contemporâneas: o papel da dieta e da inatividade física. In: Anais do 3o Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina; 2001. p. 33-4.

- Balch, James F.; Stengler, Mark. Tratamentos naturais: um guia completo para tratar problemas de saúde com terapias naturais. Tradução Ana Beatriz Rodrigues, revisão técnica Sergio Teixeira. Rio de Janeiro: Elvesier - 2005. p. 205-206

- Baptista, P.B. Epidemiologia da atividade física. Rev. SOCERJ. 2000; 8: 173-174.

- Baumgartner, R.N.; Heymsfield, S.B.; Roche, A.F. Human body composition and the epidemiology of chronic disease. Obesity Res., 3: 73-95, 1995.

- Brasil. Ministério da Saúde. Agita Brasil: guia para agentes multiplicadores. Brasília : Ministério da Saúde, 2002.

- Caspersen, C.J.; Powell, K.E.; Christenson, G.M. Physical Activity, exercise and physical fitness: definitions and distinctions for health-related research. Public Health Reports. 1985; 100 (2): 172-179.

- Callegaro, D.; Goldbaum, M.; Morais, L.; Tilbery, C.P.; Moreira, M.A.; Gabbai, A.A.; e colaboradores. The prevalence of multiple sclerosis in the city of São Paulo, Brazil, 1997. Acta Neurol Scandin. 2001; 104(4): 208-13.

- Coitinho, D.C.; Leão, M.M.; Recine, E.; Sichieri, R. Condições nutricionais da população brasileira: adultos e idosos. Brasília, 1991.(Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição, MS/INAN).

- Debolt, L.S.; Mccubbin, J.A. The effect of home-based resistance exercise on balance, power, and mobility in adults with multiple sclerosis. Arch Phys Med Rehabil. 2004; 85(2): 290-7.

- Flachenecker, P.; Kumpfel, T.; Kallmann, B.; e colaboradores. Fatigue in multiple sclerosis: a comparison of different rating scales and correlation to clinical parameters. Multip Sclerosis 2002;8:523-526.

- Lessa, I. O adulto brasileiro e as doenças da modernidade: epidemiologia das doenças crônicas não transmissíveis. São Paulo: Hucitec; 1998. 284p.

- Kasser, S.E.; McCubbin, J. Effects of progressive resistance exercise on muscular strength in adults with multiple sclerosis Med Sci Sports Exerc. 1996; 28(5): 143.

- Kent-Braun, J.A.; Sharma, K.R.; Miller, R.G.; Weiner, M.W. Postexercise phosphocreatine resynthesis is slowed in Multiple Sclerosis. Muscle Nerve. 1994a; 17: 835-41.

- Manson, J.E.; Colditz, G.A.; Stampfer, M.J.; Willett, W.C.; Rosner, B.; Monson, R.R.; Speizer, F.E.; Hennekens, C.H. A prospective study of obesity and risk of coronary heart disease in women. N. Engl. J. Med., 322: 882-9, 1990.

- Mathiowetz, V.; Volland, G.; Kashman, N.; Weber, K. Adult norms for the Box and Block Test of manual dexterity. Am J Occup Ther 1985; 39(6): 386-91.

- Matsudo, S.M.; Matsudo, V.R.; Araújo, T.; Andrade, D.; Andrade, E.; Oliveira, L.C.; Braggion, G. Nível de atividade física da população do Estado de São Paulo: análise de acordo com o gênero, idade, nível socioeconômico, distribuição geográfica e de conhecimento. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. 2002; 10: 41-50.

- Ministério da Saúde. Programa Nacional de Promoção da Atividade Física “Agita Brasil”: atividade física e sua contribuição para a qualidade de vida. Rev. Saúde Pública. 2002; 36(2): 254-256.

- Moster, S.; Kesselring, J. Effects of a short-term exercise training program on aerobic fitness, fatigue, health perception and activity level of subjects with multiple sclerosis. Multiple Sclerosis. 2002;8:161-168.

- Mulcare, J.A. Multiple sclerosis. In: American College of Sports Medicine. ACSM ́s exercise management for persons with chronic diseases and disabilities. Champaign: Human Kinetics. 1997.

- Mykkänen, L.; Laakso, M.; Pyörälä, K. Association of obesity and distribution of obesity with glucose tolerance and cardiovascular risk factors in the elderly. Int. J. Obesity, 16: 695-704, 1992.

- Kurtzke, J.F. Rating neurologic impairment in multiple sclerosis: an expanded disability status scale (EDSS). Neurology. 1983;33:1444-1452.

- Pate, R.R.; Pratt, M.; Blair, S.; Haskell, W. Physical activity and public health: a recommendation from the centers for disease control and prevention and the American College of Sports Medicine. Jama. 2000. 273(5): 402-7.

- Pitanga, F.J.G. Epidemiologia, atividade física e saúde. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. 2002; 10: 49-54.

- Podsiadlo, D.; Richardson, S. The timed "Up & Go": a test of basic functional mobility for frail elderly persons. J Am Geriatr Soc. 1991; 39: 142-148.

- Pollock, M.L.; Gaesser, G.A.; Butcher, J.D.; Despres, J.P.; Dishman, R.K.; Franklin, B.A.; e colaboradores. ACSM Position Stand: The Recommended Quantity and Quality of Exercise for Developing and Maintaining Cardiorespiratory and Muscular Fitness, and Flexibility in Healthy Adults. Med Sci Sports Exerc. 1998; 30(6): 975-91.

- Pugliatti, M.; Sotgiu, S.; Rosati, G. The worldwide prevalence of multiple sclerosis. Clin Neurol Neurosurg. 2002; 104(3): 182-91

- Robergs, R.A.; Roberts, S.O. Princípios fundamentais de fisiologia do exercício: para aptidão, desempenho e saúde. São Paulo : Phorte, 2002.

- Romberg, A.; Virtanen, A.; Ruutiainen, J.; Aunola, S.; Karppi, S.L.; Vaara, M.; e colaboradores. Effects of a 6-month exercise program on patients with multiple sclerosis: a randomized study. Neurology 2004; 63(11): 2034-8.

- Ryan, A.S.; Roche, A.F.; Wellens, R.; Guo, S. Relationship of blood pressure to fatness and fat patterning in mexican american adults from the hispanic health and nutrition examination survey (HHANES,1982-1984). Coll. Antropol., 18: 89-99, 1994.

- Stunkard, A.J. Factores determinantes de la obesidad: opinión actual. In: La obesidad en la pobreza: un novo reto para la salud pública. Washington DC: Organização Panamericana da Saúde; 2000. Publicação científica nº 576. p.27-32.

- Sunyer-Pi, F.X. Health implications of obesity. Am. J. Clin. Nutr., 53 (Suppl):1595-603, 1991.

- Van itallie, T.B. Health implications of overweight and obesity in the United States. Ann. Intern. Med., 103: 983-8, 1985.

- White, L.J.; Dressendorfer, R.H. Exercise and multiple sclerosis. Sports Med. 2004; 34(15): 1077-100.

- White, L.J.; McCoy, S.C.; Castellano, V.; Gutierrez, G.; Stevens, J.E.; Walter, G.A.; e colaboradores. Resistance training improves strength and functional capacity in persons with multiple sclerosis. Mult Scler 2004; 10(6): 668-74.

- World Health Organization. Obesity: preventing and managing the global epidemic. Geneva: World Health Organization; 2000. (WHO Technical Report Series, 894).

Publicado
2007-02-04
Como Citar
Porto, R. de M., & Raso, V. (2007). A importância da atividade fí­sica para portadores de esclerose múltipla obesos. RBONE - Revista Brasileira De Obesidade, Nutrição E Emagrecimento, 1(1). Recuperado de https://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/9
Seção
Artigos Cientí­ficos - Original