Consumo dietético de zinco em mulheres obesas

  • Nayane dos Santos Lima Oliveira Faculdade de Ciências e Tecnologia do Maranhão (FAFEMA), Caxias-MA, Brasil.
  • Amanda Suellenn da Silva Santos Oliveira Faculdade de Ciências e Tecnologia do Maranhão (FAFEMA), Caxias-MA, Brasil.
  • Roseane de Sousa Lima Faculdade de Ciências e Tecnologia do Maranhão (FAFEMA), Caxias-MA, Brasil.
  • Joyce Lopes Macedo Centro Universitário de Ciências e Tecnologia do Maranhão (UNIFACEMA), Caxias-MA, Brasil.
  • Liejy Agnes dos Santos Raposo Landim Universidade Federal do Piauí­ (UFPI), Teresina-PI, Brasil.
  • Daniele Rodrigues Carvalho Caldas Universidade Federal do Piauí­ (UFPI), Teresina-PI, Brasil.
Palavras-chave: Obesidade, Mulheres, Consumo de alimentos, Zinco

Resumo

Introdução:A obesidade é descrita como acúmulo excessivo de gordura em alguns órgãos alvos do corpo, e, quando associada à deficiência de zinco conduz o aumento do tecido adiposo elevando o risco de complicações relacionadas à obesidade. Objetivo: Avaliar o consumo dietético de zinco em mulheres obesas. Materiais E Métodos: Este estudo caso-controle, foi realizado com 88 mulheres com idade entre 20 e 60 anos, distribuídas em dois grupos: o grupo obeso (n = 48) e o grupo controle (n = 40). Na coleta de dados aferiu-seas medidas antropométricas e aplicou-se o registro alimentar de 3 dias para avaliação do consumo alimentar. Os dados foram analisados no programa SPSS versão 18.0. Resultados:Os valores médios do Índice de Massa Corporal, Circunferência da Cintura, Relação Cintura-Quadril e percentual de gordura corporal foram como esperado maiores no grupo caso, com diferença significativa entre os grupos (p=0,001). A ingestão de macronutrientes apresentou-se de acordo com as recomendações, entretanto, o consumo foi superior no grupo de mulheres obesas, com diferença significativa na ingestão de carboidratos e proteínas (p<0,01). Em relação ao consumo de zinco, os dois grupos apresentaram ingestão abaixo da recomendação, com diferença significativa ente os grupos. Conclusão: As mulheres obesasapresentaram risco muito elevado para o desenvolvimento de doença cardiovascular. O consumo alimentar revelou uma ingestão adequada de macronutrientes e a ingestão de zinco mostrou-se abaixo da recomendação nos dois grupos, com maiorconsumo evidenciado nas mulheres com obesidade, sugerindo alterações no metabolismo do mineral.

Referências

-Adnan, T.; Amin, M. N.; Uddin, G.; Hussain, S.; Sarwar, S.; Hossain, K.; Uddin, N.; Islã, M. S. Increased concentration of serum MDA, decreased antioxidants and altered trace elements and macro-minerals are linked to obesity among Bangladeshi population. Diabetes & Metabolic Syndrome: Clinical Research & Reviews. Vol. 13. Num. 2. 2019. p. 933-938.

-Almeida, I. S. Avaliação do estado nutricional de mulheres obesas em relação ao zinco e sua associação com o estresse oxidativo e os polimorfismos Arg213Gli+35A/. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. São Paulo. 2013.

-Azab, S. F.; Saleh, S.H.; Elsaeed, W. F.; Elshafie, M. A.; Sherief, L. M.; Esh, A. M. Serum trace elements in obese Egyptian children: a case-control study. Italian Journal of Pediatrics. Vol. 40. Num. 20. 2014.

-Bulló, M.; Casas-Agustench, P.; Amigó-Correig, P.; Aranceta, J.; Salas Salvadó J. Inflammation, obesity and comorbidities: the role of diet. Public Health Nutrition. Vol. 10. Num. 2007. 2007. p. 1164-1172.

-Cafure, F.; Schmidt, J.; Duré, L. S.; Furbeta, P. H.; Moraes, R.; Arruda, R.; Gaban, S. Prevalência de excesso de peso e obesidade central em acadêmicos do curso de Medicina da Universidade UNIDERP. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São Paulo. Vol. 12. n. 69. 2018. p. 94-100. Disponível em: <http://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/658>

-Costarelli, L.; Muti, E.; Malavolta, M.; Cipriano, C.; Giacconi, R.; Tesei, S.; Piacenza, F.; Pierpaoli, S.; Gasparini, N.; Faloia, E.; Tirabassi, G.; Boscaro, M.; Polito, A.; Mauro, B.; Maiani, F.; Raguzzini, A.; Marcellini, F.; Giuli, C.; Papa, R.; Emanuelli, M.; Lattanzio, F.; Mocchegiani, E. Distinctive modulation of inflammatory and metabolic parameters inrelation to zinc nutritional status in adult overweight/obese subjects. The Journal of Nutritional Biochemistry. Vol. 21.Num. 5. 2010. p. 432-437.

-Cruz, J. B. F.; Soares, H. F. Uma revisão sobre o zinco. Ensaios e Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde. Vol. 15. Num. 1. 2011. p. 207-222.

-Durnin, J. V.; Womersley, J. Body fat assessed from body density and its estimation from skinfold thickness: measurements on 481 men and women aged from 16 to 72 years. British Journal of Nutrition. Vol. 32. 1974. p. 77-97.

-Feitosa, M. C. P.; Lima, V. B. S.; Marreiro, D. N. Inflamação e metabolismo do zinco. Nutrire: Rev. Soc. Bras. Alim. Nutr. Vol. 37. Num. 1. 2012. p. 93-104.

-Feitosa, M. C. P.; Lima, V. B. D.; Moita Neto, J. M.; Marreiro, D. N. Plasma concentration of IL-6 and TNF-alpha and its relationship with zincemia in obese women. Revista da Associação Médica Brasileira. Vol. 59. Num. 5. 2013. p. 429-434.

-Gallon, C. W. Estado nutricional e qualidade de vida da mulher climatérica. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Vol. 34. Num. 4. 2012. p. 83-175.

-Habib, S. A.; Saad, E. A.; Elsharkawy, A. A.; Attia, Z. R. Pro-inflammatory adipocytokines, oxidative stress, insulin, Zn and Cu: interrelations with obesity in Egyptian non-diabetic obese children and adolescents. Advances Medical Sciences. Vol. 60. Num. 2. 2015. p. 179-185.

-Institute of Medicine; National Academies Press. Dietary reference intakes for Energy Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids, Cholesterol, Protein, and Amino Acid. Washington: National Academy Press. 2005.

-Institute of Medicine; Food and Nutritional Board. Dietary reference intakes for vitamin A, vitamin K, arsenic, boron, chromium, cooper, iodine, iron, manganese, molybdenun, nickel, silicon, vanadium, and zinc. National Academy, Washington, DC. 2001. 650 p.

-Kim, J. Dietary zinc intake isinversely associated with systolic blood pressure in young obese women. Nutrition Research and Practice. Vol. 7. Num. 5. 2013. p. 380-384.

-Kowaleski-Jones, L.; Brown, B. B.; Fan, J. X.; Hanson, H. A.; Smith, K. R.; Zick, C. D. The joint effects of family risk of obesity and neighborhood environment on obesity among women. Social Science & Medicine. Vol. 195. 2017. p. 17-24.

-Leão, A. L. M.; Santos, L. C. Consumo de micronutrientes e excesso de peso: existe relação: Revista Brasileira de Epidemiologia. Vol. 15. Num. 1. 2012. p. 85-95.

-Morais, J. B. S.; Severo, J. S.; Oliveira, A. R. S.; Cruz, K. J. C.; Dias, T. M. S.; Assis, R. C.; Colli, C.; Marreiro, D. N. Magnesium Status and Its Association with Oxidative Stress in Obese Women. Biological Trace Element Research. Vol. 175. Num. 2. 2017. p. 306-311.

-Martins, L.M.; Oliveira, A. R. S.; Cruz, K. J. C.; Araújo, C. G. B.; Oliveira, F. E.; Sousa, G. S.; Nogueira, N. N.; Marreiro, D. N. Influence of cortisol on zinc metabolism in morbidly obese women. Nutrición Hospitalaria. Vol. 29. Num. 1. 2014. p. 57-63.

-Ministério da Saúde; Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde. Vigitel Brasil 2017: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2017. Brasília: Ministério da Saúde. 2018.

-Ministério da Saúde; Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde. 2011.

-Oliveira, L. P. M.; Assis, A. M. O.; Silva, M. C. M. Santana, M. L. P.; Santos, N. S. Pinheiro, S. M. C.; Barreto, M. L. Souza, C. O. Fatores associados a excesso de peso e concentração de gordura abdominal em adultos na cidade de Salvador, Bahia, Brasil. Cadernos de Saúde Pública. Vol. 25. Num. 3. 2009. p. 570-582.

-Olza, J.; Aranceta-Bartrina, J.; Gonzalez-Gross, M.; Ortega, R. M.; Serra-Majem, L.; Varela-Moreiras, G.; Gil, A. Reported Dietary Intake and Food Sources of Zinc, Selenium, and Vitamins A, E and C in the Spanish population: findings from the ANIBES Study. Nutrients. Vol. 9. Num. 7. 2017. E.697.

-Pierine, D. T.; Carrascosa, A. P. M.; Fornazari, A. C.; Watanabe, M. T.; Catalani, M. C. T.; Fukuju, M. M.; Silva, G. N.; Maestá, N. Composição corporal, atividade física e consume alimentar de alunos do ensino fundamental e médio. Motriz. Vol. 12. Num. 2. 2006. p. 113-124.

-Pitanga, C. P. S.; Oliveira, R. J.; Lessa, I.; Costa, M. C.; Pitanga, F. J. G. Atividade física como fator de proteção para comorbidades cardiovasculares em mulheres obesas. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano. Vol. 12. Num. 5. 2010. p. 324-330.

-Pitanga, F. J. G.; Lessa, I.; Pitanga, C. P. S.; Costa, M. C. Atividade física na prevenção das comorbidades cardiovasculares em mulheres obesas: quanto é suficiente? Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde. Vol. 16. Num. 4. 2011. p. 334-338.

-Reis, B. Z.; Mendes-Netto, R. S.; Teixeira, P. D. S. Vieira, D. A. S. Costa, J. O.; Costa, D.; Raposo, O. F. F. Associação de medidas antropométricas para diagnosticar a obesidade em mulheres usuárias de um Programa de atividade física regular “Academia da Cidade”, Aracaju, Se. Scientia Plena. Vol. 7. Num. 9. 2011.

-Rodrigues, A. P. S.; Silveira, E. A. Fatores associados à superobesidade em mulheres: compulsão alimentar periódica e consumo alimentar. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São Paulo. Vol. 12. Num. 73. 2018. p. 643-654. Disponível em: <http://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/760>

-Silva, S. T.; Martins, M. C.; Faria, F. R. Cotta, R. M. M. Combate ao Tabagismo no Brasil: a importância estratégica das ações governamentais. Ciência & Saúde Coletiva. Vol. 19. Num. 2. 2014. p. 539-552.

-Tascilar, M. E.; Ozgen, I. T.; Abaci, A.; Serdar, M.; Aykut, O. Serum trace elements in obese Egyptian children: a case-control study. Biological Trace Element Research. Vol. 143. Num. 1. 2011. p.188-195.

-Tavares, T. B.; Nunes, S. M.; Santos, M. O. Obesidade e qualidade de vida: revisão da literatura. Revista Médica de Minas Gerais. Vol. 20. Num. 3. 2010. p. 359-366.

-World Health Organization. Obesity: preventing and managing the global epidemic: Report of a WHO consultation on obesity. WHO Technical Report Series n. 894. Geneva. Switzerland. WHO. 2000.

-World Health Organization. Waist Circumference and Waist-Hip Ratio: Report of a WHO. Expert Consultation. Geneva. 2008.

-WHO. Global recommendations on physical activity for health. Geneva: World Health Organization. 2010.

Publicado
2020-04-12
Como Citar
Oliveira, N. dos S. L., Oliveira, A. S. da S. S., Lima, R. de S., Macedo, J. L., Landim, L. A. dos S. R., & Caldas, D. R. C. (2020). Consumo dietético de zinco em mulheres obesas. RBONE - Revista Brasileira De Obesidade, Nutrição E Emagrecimento, 13(80), 606-613. Recuperado de https://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/1025
Seção
Artigos Cientí­ficos - Original