Avaliação do efeito de uma dieta com restrição ao glúten em parâmetros bioquí­micos, estresse oxidativo, MCP-1 e leptina em indiví­duos com sobrepeso-obesidade: estudo piloto

  • Carolina Partichelli Programa de Pós-Graduação em Biociências e Reabilitação, Centro Universitário Metodista (IPA), Porto Alegre-RS, Brasil
  • Gilson Dorneles Laboratório de Imunologia Celular e Molecular, Departamento de Ciências Básicas da Saúde, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Porto Alegre-RS, Brasil
  • Alessandra Peres Laboratório de Imunologia Celular e Molecular, , Departamento de Ciências Básicas da Saúde, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Porto Alegre-RS, Brasil
Palavras-chave: Dieta livre de glúten, Inflamação, Obesidade

Resumo

A obesidade é uma doença causada pelo desequilí­brio energético e excesso de gordura corporal. Pode ser diagnosticada pelo Índice de Massa Corporal (IMC), onde o peso corporal em quilogramas (kg) é dividido pela altura, em metros (m), ao quadrado. Sendo que uma pessoa com IMC igual ou superior a 25 é classificada com excesso de peso, e quando o IMC de 30 ou mais é considerada obesa. A inclusão de uma dieta no estilo de vida é um método bastante utilizado no tratamento e prevenção desta doença, portanto é importante que essa dieta atue diretamente no processo inflamatório. A dieta sem glúten pode ser útil na redução do ganho de gordura, da inflamação e da resistência à insulina, e pode prevenir o desenvolvimento da obesidade e de distúrbios metabólicos. Objetivo: analisar o perfil antropométrico, MCP-1, leptina e marcadores bioquí­micos e de estresse oxidativo dos participantes após um mês de uma dieta sem glúten. Métodos: os indiví­duos foram submetidos a coletas sanguíneas e foram realizadas as medidas antropométricas, antes da adesão à dieta e após um mês. Resultados: foram encontradas diferenças significativas na comparação pré-pós intervenção na massa corporal, circunferência abdominal, circunferência da cintura, colesterol total e triglicerí­deos. Conclusão: a dieta sem glúten foi capaz de modificar as medidas antropométricas e os marcadores bioquí­micos, em maior amplitude nos indiví­duos eutróficos e com sobrepeso.

Referências

-Brar, P.; e colaboradores. Change in Lipid Profile in Celiac Disease: Beneficial Effect of Gluten-Free Diet. American Journal of Medicine. Vol. 119. Núm. 9. p. 786-790. 2006.

-Cheng, J.; e colaboradores. Body Mass Index in Celiac Disease Beneficial Effect of a Gluten-free Diet. Clinical Gastroenterology. Vol. 44. Núm. 4. p. 267-271. 2010.

-Davis, W. How not to have high triglycerides | Dr. William Davis. Disponível em: <http://www.wheatbellyblog.com/2015/01/high-triglycerides/>. Acesso em: 18/01/2017.

-Ediger, T. R.; Hill, I. D. Celiac disease. Pediatrics in Review. Vol. 35. Núm. 10. p. 409-415. 2014.

-Fardet, A. Wheat-based foods and non celiac gluten/wheat sensitivity: Is drastic processing the main key issue? Medical Hypotheses. Núm. September. 2015.

-Ferretti, G.; e colaboradores. Celiac disease, inflammation and oxidative damage: A nutrigenetic approach. Nutrients. Vol. 4. Num. 4. p. 243-257. 2012.

-Francischi, R. P. P.; e colaboradores. Obesidade: atualização sobre sua etiologia, morbidade e tratamento. Revista de Nutrição. Vol. 13. Núm. 1, p. 17-28. 2000.

-Holmer-Jensen, J.; e colaboradores. Differential effects of dietary protein sources on postprandial low-grade inflammation after a single high fat meal in obese non-diabetic subjects. Nutrition journal. Vol. 10. Núm. 1. p. 115. 2011.

-Maggio, M. C.; e colaboradores. Gluten-free diet impact on leptin levels in asymptomatic coeliac adolescents: One year of follow-up. Hormone Research. Vol. 67. Núm. 2. p. 100-104. 2007.

-Ministério da Saúde. Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. 2014.

-Odetti, P.; e colaboradores. Oxidative stress in subjects affected by celiac disease. Free radical research. Vol. 29. Núm. 1. p. 17-24. 1998.

-Sapone, A.; e colaboradores. Spectrum of gluten-related disorders: consensus on new nomenclature and classification. BMC medicine. Vol. 10. p. 13. 2012.

-Shai, I.; e colaboradores. Weight Loss with a Low-Carbohydrate, Mediterranean, or Low-Fat Diet. New England Journal of Medicine. Vol. 359. Núm. 3. p. 229-241. 2008.

-Soares, F. L. P.; e colaboradores. Gluten-free diet reduces adiposity, inflammation and insulin resistance associated with the induction of PPAR-alpha and PPAR-gamma expression. The Journal of nutritional biochemistry. Vol. 24. Núm. 6. p. 1105-1111. 2013.

-Tay, J.; e colaboradores. Metabolic Effects of Weight Loss on a Very-Low-Carbohydrate Diet Compared With an Isocaloric High-Carbohydrate Diet in Abdominally Obese Subjects. Journal of the American College of Cardiology. Vol. 51. Núm. 1. p. 59-67. 2008.

-Ukkola, A.; e colaboradores. Changes in body mass index on a gluten-free diet in coeliac disease: A nationwide study. European Journal of Internal Medicine. Vol. 23. Núm. 4. p. 384-388. 2012.

-WHO. Obesity and overweight. 2014. Disponível em: <http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs311/en/>. Acesso em: 4/09/2016.

Publicado
2019-08-22
Como Citar
Partichelli, C., Dorneles, G., & Peres, A. (2019). Avaliação do efeito de uma dieta com restrição ao glúten em parâmetros bioquí­micos, estresse oxidativo, MCP-1 e leptina em indiví­duos com sobrepeso-obesidade: estudo piloto. RBONE - Revista Brasileira De Obesidade, Nutrição E Emagrecimento, 13(79), 370-376. Recuperado de https://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/957
Seção
Artigos Cientí­ficos - Original