Influência do índice de massa corporal na discinesia escapular em estudantes universitários

  • Raian César Coelho de Araújo Faculdade Inspirar – Goiânia, Goiás, Brasil.
  • Cristiane Falcão Barros Faculdade Inspirar – Goiânia, Goiás, Brasil.
  • Franassis Barbosa de Oliveira Universidade Estadual de Goiás (UEG) – Goiânia, Goiás, Brasil
Palavras-chave: Transtornos dos movimentos, Índice de massa corporal, Estudantes

Resumo

Introdução: O excesso de peso é considerado um problema de saúde pública de ampla complexidade e dentre suas repercussões  está a redução da capacidade funcional. A discinesia escapular (DE) é definida por qualquer desequilíbrio no ritmo escápulo-torácico que gera alteração no posicionamento e mobilidade da escápula. Objetivo: Analisar a relação entre o aumento do Índice de Massa Corporal (IMC) e o desenvolvimento de DE em estudantes universitários. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo transversal analítico onde participaram indivíduos de ambos os sexos com idade entre 18 e 30 anos. A avaliação do índice de massa corporal foi realizada por meio do cálculo do IMC. A avaliação da discinesia escapular foi realizada por meio da escala de pontuação Sick Scapula que consite na avaliação das duas escápulas podendo variar entre 0 (melhor possível) e 20 (pior possível). Processou-se os dados no SPSS (Statistical Package for Social Sciences), versão 20.0 e foram realizados os cálculos para análise descritiva, estimação de médias, desvio padrão, erro padrão da média e os testes de Kolmogorov-Smirnov para análise de normalidade e teste de Pearson para análise do coeficiente de correlação. Resultados: A amostra contou com 32 participantes com média de idade 20,18 (±2,05) anos, estatura de 1,64 (±0,08) metros, peso corporal de 63,78 (±14,21) quilogramas, IMC de 23,484 (±5,09) e Sick Scapula de 2,65 (±1,98). O r = 0,178 evidenciou uma baixa correlação entre as variáveis IMC e discinesia escapular. Conclusão: Existe uma baixa correlação entre IMC e discinesia escapular em estudantes universitários.

Referências

-Almeida, G.P.L.; Silveira, P.F.; Rosseto, N.P.; Barbosa, G.; Ejnisman, B.; Cohen, M. Análise do SICK Scapula em jogadores de handebol com e sem dor no ombro durante o arremesso. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 20. Num. 4. 2014. p. 285-288.

-Barbosa, P.A.V.; Faria, A.M.; Vento, D.A.; Formiga, C.K.M.R.; Hamu, T. A influência do excesso de peso na força muscular e na funcionalidade mulheres jovens. Revista Interdisciplinar de Estudos em Saúde. Vol. 8. Num. 1. 2019. p. 250-262.

-Berrigan, F.; Simoneau, M.; Tremblay, A.; Matiz, O.; Teasdale, N. Influência da obesidade no movimento preciso e rápido do braço realizado a partir da postura em pé. International Journal of Obesity. Vol. 30. 2006. p. 1750-1757.

-Bley, A.; Marchetti, P.; Lucarelli, P.R.G. Discinese escapular : revisão sobre implicações clínicas , aspectos biomecânicos , avaliação e reabilitação. Revista Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida. Vol. 8. Num. 2. 2016. p. 1-11.

-Burkhart, S.S.; Morgan, C.D.; Kibler, W.B. The disabled throwing shoulder: Spectrum of pathology part III: The SICK scapula, scapular dyskinesis, the kinetic chain, and rehabilitation. Arthroscopy - Journal of Arthroscopic and Related Surgery. Philadelphia. Vol. 19. Num. 6. 2003. p. 641-661.

-Cardoso, G.M.P.; Veras, R.M.; Coelho, M.T.A.D.; Figueredo, W.N. Vida universitária e atividade física: um estudo sobre a produção acadêmica. Revista Atenção à Saúde. Vol. 15. Num. 52. 2017. p.78-88.

-Carlos, A.E.; Daitx, R.B.; Dohnert, M.B.; Oliveira, T.B.; Cardoso, D.S. Presença de retroversão umeral e discinesia escapular em praticantes de tiro de laço. Revista Brasileira de Ciencias do Esporte. Vol. 42. 2020. p. 1-9. 2020.

-França, A.P.; Marucci, M.F.N.; Silva, M.L.N.; Roediger, M.A. Factors associated with general obesity and the percentage of body fat of women during the menopause in the city of São Paulo, Brazil. Ciencia e Saude Coletiva. Vol. 23. Num. 11. 2018. p. 3577-3586.

-Gonçalves, P.S.; Matos, R.S.; Oliveira, J.L.S.; Nunes Filho, J.C.C.; Nunes, M.P.O.; Pinto, D.V.; Silva, K.M.A.; Abreu, E.S. Prevalência de discinese escapular em praticantes de treinamento de força em uma academia de Quixeré, Ceará. Corpoconsciência. Vol. 23. Num. 2. 2019. p. 87-95.

-Grasdalsmoen, M.; Eriksen, H.R.; Lonning, K.J.; Sivertsen, B. Physical exercise and body-mass index in young adults: A national survey of Norwegian university students. BMC Public Health. Vol. 19. Num. 1. 2019. p. 1-9.

-Huang, T.S.; Huang, H.I.; Wang, T.G.; Tsai, Y.S.; Lin, J.J. Comprehensive classification test of scapular dyskinesis: A reliability study. Manual Therapy. Vol. 20. Num. 3. 2015. p. 427-432.

-Kibler, W.B.; Uhl, T.L.; Maddux, J.W.Q.; Brooks, P.V.; Zeller, B.; McMullen, J. Qualitative clinical evaluation of scapular dysfunction: A reliability study. Journal of Shoulder and Elbow Surgery. Vol. 11. Num. 6. 2002. p. 550-556.

-Kibler, W.B.; Ludewig, P.M.; Macclure, P.; Uhl, T.L.; Sciascia, A. Scapular Summit 2009: Introduction. Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy. Vol. 39. Num. 11. 2009. p. A1-13.

-Kibler, W.B.; Ludewig, P.M.; McClure, P.W.; Michener, L.A.; Bak, K.; Sciascia, A.D. Clinical implications of scapular dyskinesis in shoulder injury: The 2013 consensus statement from the “scapular summit”. British Journal of Sports Medicine. Vol. 47. Num. 14. 2013. p. 877-885.

-McClure, P.; Tate, A.R.; Kareha, S.; Irwin, D.; Zlupko, E. A clinical method for identifying scapular dyskinesis, part 1: Reliability. Journal of Athletic Training Carrollton. Vol. 44. Num. 2. 2009. p. 160-164.

-Miachiro, N.Y.; Camarini, P.M.F.; Tucci, H.T.; McQuade, K.J.; Oliveira, A.S. O exame clínico de observação da discinese escapular é capaz de diferenciar portadores da disfuņão dos normais? Brazilian Journal of Physical Therapy. Vol. 18. Num. 3. 2014. p. 282-289.

-Nelson, M.C.; Story, M.; Larson, N.I.; Neumark-Sztainer, D.; Lytle, L.A. Emerging adulthood and college-aged youth: An overlooked age for weight-related behavior change. Obesity. Vol. 16. Num. 10. 2008. p. 2205-2211.

-Pajoutan, M.; Sangachin, M.G.; Cavuoto, L.A. Fadiga central e periférica desenvolvimento no músculo do ombro com obesidade durante uma tarefa de resistência isométrica. BMC Musculoskeletal Disorders. Vol. 18. Num. 314. 2017. p. 1-9.

-Park, W.; Ramachandran, J.; Weisman, P.; Jung, E.S. Obesity effect on male active joint range of motion. Ergonomics. Vol. 53. Num. 1. 2010. p. 102-108.

-Pontin, J.C.B.; Stadiniky, S.P; Suehara, P.T.; Costa, T.R.; Chamlian, T.R. Avaliação estática do posicionamento escapular em indivíduos normais. Acta Ortop Bras. Vol. 21. Num. 4. 2013. p. 208-212.

-Sarno, F.; Monteiro, C.A. Importância relativa do Índice de Massa Corporal e da circunferência abdominal na predição da hipertensão arterial. Rev Saúde Pública. Vol. 41. Num. 5. 2007. p. 788-796.

-Silva, E.A.L.; Klebis, L.O.; Moreno, A.C.R.; Salini, M.C.R.; Cardoso, J.H.P.; Camargo, R.C.T. Influencia do Índice de Massa Corporal na força muscular de membro inferior em idosas participantes da Universidade Aberta da Terceira Idade. Colloquium Vitae. Vol. 8. Num. Especial. 2016. p. 169-173.

-Uhl, T.L.; Kibler, W.B.; Gecewich, B.; Tripp, B.L. Evaluation of Clinical Assessment Methods for Scapular Dyskinesis. Arthroscopy - Journal of Arthroscopic and Related Surgery. Vol. 25. Num. 11. 2009. p. 1240-1248.

-Wannmacher, L. Obesidade como fator de risco para morbidade e mortalidade: evidências sobre o manejo com medidas não medicamentosas. OPAS/OMS - Representação Brasil. Brasília. Vol. 1. Num. 7. 2016. p. 1-10.

-World Health Organization. Towards a common language for functioning, disability and health: ICF. International Classification. Geneva. Vol. 1149. 2002. p. 1-22.

Publicado
2023-12-22
Como Citar
César Coelho de Araújo, R., Falcão Barros, C., & Barbosa de Oliveira, F. (2023). Influência do índice de massa corporal na discinesia escapular em estudantes universitários. RBONE - Revista Brasileira De Obesidade, Nutrição E Emagrecimento, 17(109), 451-457. Recuperado de https://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/2269
Seção
Artigos Cientí­ficos - Original