Perfis socioeconômico, de saúde e nutricional de pessoas idosas com e sem polifarmácia na atenção primária à saúde
Resumo
Introdução: A polifarmácia é uma realidade na população idosa mundial, prática às vezes necessária, mas que pode acarretar sérios danos à saúde desses indivíduos. Objetivo: Este estudo teve como objetivo comparar variáveis socioeconômicas, de saúde e nutricional entre pessoas idosas com e sem polifarmácia usuários de unidades públicas de atenção primária à saúde no município de Macaé/RJ, Brasil. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e prospetivo com 269 pessoas idosas não institucionalizadas. As informações foram coletadas por meio de um questionário semi-estruturado para investigar o nível socioeconômico, as condições de saúde, a antropometria e o consumo alimentar. A polifarmácia foi considerada como o uso de cinco ou mais medicamentos concomitantemente. Resultados: A prevalência de polifarmácia foi de 22,3%, com maior incidência no sexo feminino (80,6%), na faixa etária de 60-69 anos (48,4%), sendo a maioria do grupo com ensino fundamental completo (62,9%), morando com outra pessoa ou casados (82,3%), obesos (48,4%), com circunferência da cintura muito elevada (82,2%) e acometidos por duas ou mais doenças crônicas (88,7%). Foi encontrada diferença significativa (p<0,05) entre os pessoas idosas com e sem polifarmácia quanto ao sexo, faixa etária, ocupação, número de doenças crônicas e estado nutricional, além do consumo de lipídios especificamente nas mulheres. Conclusão: Existe uma necessidade de investigar a ocorrência de polifarmácia em todo o país, e suas consequências para promoção da qualidade de vida de pessoas idosas.
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