Perfil nutricional de adultos relacionado ao consumo alimentar de ultra processados
Resumo
Introdução e objetivo: O consumo de alimentos ultraprocessados tem crescido rapidamente nos últimos anos, estando relacionado ao ganho de peso e ao desenvolvimento de doenças crônicas, assim o objetivo do estudo foi verificar a relação do consumo de alimentos ultraprocessados com o perfil nutricional de adultos atendidos em um ambulatório de nutrição e especialidades médicas do interior do Rio Grande do Sul. Materiais e Métodos: Foram avaliados dados de índice de massa corporal (IMC), circunferência abdominal (CA), circunferência do pescoço (CP) e consumo de alimentos ultraprocessados em uma amostra com 132 adultos. Foram utilizados os testes não-paramétricos de Wilcoxon, Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e associação Exato de Fischer. Os resultados foram considerados significativos a um nível de significância máximo de 5% e o software utilizado para esta análise foi o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 22.0. Discussão e Resultados: O consumo médio de alimentos ultraprocessados correspondeu a 29% da alimentação diária. A maioria dos indivíduos apresentaram-se com sobrepeso 25% (33), com risco muito elevado para complicações metabólicas associadas a obesidade classificada pela CA 75% (99), e com elevado risco cardiovascular pela CP 78,8% (104). Tais riscos favorecem o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, em especial, as doenças cardiovasculares. Conclusão: A maioria apresentou excesso de peso, risco muito elevado para complicações metabólicas associadas a obesidade, além de elevado risco cardiovascular. E quanto maior a idade mais elevada a média do IMC, CA e CP dos indivíduos analisados.
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