Transtornos alimentares em adolescentes

  • Caroline Chemin Programa de Pós Graduação Lato Sensu em Obesidade e Emagrecimento da Universidade Gama Filho - UGF
  • Fabí­ola Milito Programa de Pós Graduação Lato Sensu em Obesidade e Emagrecimento da Universidade Gama Filho - UGF
Palavras-chave: Adolescência, Índice de massa corporal, IMC, Compulsão alimentar

Resumo

Objetivo: Diagnosticar a prevalência de adolescentes que apresentam transtornos alimentares em especial, a compulsão alimentar. Métodos: Foram estudados adolescentes entre 15 e 18 anos de ambos os sexos, da zona urbana de São Paulo, SP (n = 26). Para medir a prevalência de comporta-mentos alimentares anormais utilizou-se a Escala de Compulsão Alimentar (ECAP). O índice de massa corporal (IMC) e os pontos de corte escolhidos para classificar os adolescentes quanto ao estado nutricional de acordo com o percentil do IMC. Quanto à classificação sócio-econômica, optou-se pelo critério da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. Resultados: A amostra era composta de 65,4% do sexo feminino e 34,6% do sexo masculino. Em relação ao IMC, 80,8% apresentaram eutrofia, sendo 7,7% desnutridos e 11,5% obesos. Sobre o nível sócio-econômico a classe predominante foi a classe C (50%). Houve tendência de o gênero masculino apresentar maior peso em relação ao gênero feminino, no entanto o IMC foi similar independente do gênero. O gênero feminino apresentou maior tendência (n: 4) em demonstrar sintomas moderados a compulsão alimentar do que o gênero masculino onde a porcentagem foi nula. Ambos os sexos não apresentam compulsão alimentar periódica grave. Conclusão: O instrumento aplicado neste estudo – ECAP - mostrou-se fácil de ser utilizado tendo como objetivo de identificar os indivíduos de risco, mas fica limitado pois não considera freqüência como cálculo, portanto, não se sabe quantas vezes o indivíduo teve compulsão e como foi realizada essa classificação ou seja se foi moderada ou grave.

Referências

Daniel, J.M.P.; Cravo, V. O valor Social e Cultural da Alimentação. Boletim de Antropologia. 1989; 2:70-83.

Garcia, R.W.D. Representações Sociais da alimentação e Saúde e Repercussões no Comportamento Alimentar. Revista Saúde Coletiva. 1997; 7(2):51-8.

Bourdieu, P. Esboço de uma teoria da prática. In: Ortiz R (org.). Sociologia. São Paulo: Ática; 1994. p. 46-81.

Ballone, G.J. Transtornos Alimentares. PsiqWeb [homepage na Internet]. [atualizado em 2003; acesso em 2006 Dez 16]. Anorexia; [aproximadamente 11 telas]. Disponível em: http://www.psiqweb.med.br/anorexia.html.

OPS (Organización Panamericana de la Salud). La Salud de los Adolescentes y los Jóvenes en las Américas: Escribiendo el Futuro. Comunicación para la Salud, 6. Washington (DC): OPS; 1995.

Young, S.N. Behavioral effects of dietary neurotransmitter precursors: basic and clinical aspects. Neurosci Biobehav Rev. 1996;20(2):313-23.

Freitas, S,; Lopes, C.S.; Coutinho, W.; Appolinario, J.C. Tradução e adaptação para o português da Escala de Compulsão Alimentar Periódica. Rev Bras Psiquiatr. 2001; 23(4):215-20.

Must, A.; Dallal, G.E.; Dietz, W.H. Reference datefor obesity: 85th and 95th percentiles of body mass index (wt/ht2) – correction. Am J Clin Nutr. 1991; 53:839-46.

ABEP – Associação Brasileira de Empresas e Pesquisas [homepage na Internet]. São Paulo: [acesso Maio 31]. Códigos e Guias; [aproximadamente 3 telas]. Disponível em: http://www.abep.org/codigosguias/ABEP_CCEB.pdf

World Health Organization [WHO]. Physical status: the use and interpretation of anthropometry. Geneva: Who - Technical Report Series, 854; 1995.

Salvador, E.P.; Cyrino, E.S.; Gurjão, A.L.D.; Dias, R.M.R.; Nakamura, F.Y.; , .R. Comparação entre o desempenho motor de homens e mulheres em séries múltiplas de exercícios com pesos. Rev Bras Med Esporte. 2005 Sept/Oct ;11(5).

Monteiro, J.C. Obesidade: Diagnóstico, métodos e fundamentos. In: Halpern A, editor. Obesidade. São Paulo: Editora Lemos Editorial; 1998. p. 31-53.

Nunes, M.A.A.; Olinto, M.T.; Barros, F.C.; Camey, S. Influência da percepção do peso e do índice de massa corporal nos comportamentos alimentares anormais. Rev Bras Psiquiatr. 2001; 23(1):21-7.

Borges, M.B.F.; Jorge, M.R. Evolução histórica do conceito de compulsão alimentar. Psiq Prat Med. 2000; 33(4):113-8.

Vilela, J.E.M.; Lamounier, J.A.; Filho, M.A.D.; Neto J.R.B.; HortaG.M. Transtornos alimentares em escolares. J Pediatr. 2004 Jan/Fev; 80(1).

Chiara V.L.; Sichieri R. Consumo alimentar em adolescentes. Questionário simplificado para avaliação de risco cardiovascular. Arq Bras Cardiol. 2001 Out; 77(4).

Publicado
2012-01-14
Como Citar
Chemin, C., & Milito, F. (2012). Transtornos alimentares em adolescentes. RBONE - Revista Brasileira De Obesidade, Nutrição E Emagrecimento, 1(2). Recuperado de https://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/22
Seção
Artigos Cientí­ficos - Original