Relação entre o í­ndice de massa corporal e o tipo de desjejum de pacientes de um consultório de nutrição

  • Sabrina Monteiro de Souza Programa de Pós Graduação Lato Sensu em Obesidade e Emagrecimento da Universidade Gama Filho - UGF. Bacharel em Nutrição pelo Centro Universitário São Camilo - São Camilo
  • Cristiany Nakamura Ferrari Programa de Pós Graduação Lato Sensu em Obesidade e Emagrecimento da Universidade Gama Filho - UGF. Bacharel em Nutrição pela Universidade Guarulhos - UNG
  • Cristiane Pascotini Programa de Pós Graduação Lato Sensu em Obesidade e Emagrecimento da Universidade Gama Filho - UGF. Bacharel em Nutrição pelo Centro Universitário Monte Serrat - UNIMONTE
  • Francisco Navarro Programa de Pós Graduação Lato Sensu em Obesidade e Emagrecimento da Universidade Gama Filho - UGF
Palavras-chave: Desjejum, Índice de massa corporal, IMC, Dieta

Resumo

Objetivo: Verificar a relação entre o tipo de desjejum e o IMC de pacientes de um consultório de nutrição da zona Sul da cidade de São Paulo. Materiais e Métodos: Estudo retrospectivo com coleta de dados dos prontuários dos pacientes. Quanto à avaliação do tipo de desjejum e do Índice de Massa Corporal, incluiu-se o Recordatório Alimentar de 24 horas e dados de peso e altura. Os tipos de desjejum foram divididos nas seguintes categorias: “Gorduras e Doces”; “Leite e derivados”, “Carnes e Ovos”, “Frutas e Vegetais”, “Cereais”, “Pães”, “Bolos e Bolachas doces”, “Bebidas” e “Sem desjejum”. Resultados: A maioria dos pacientes (47,25%) foi incluída na categoria dos Pães, mostrando um alto consumo dos alimentos característicos desta categoria. A categoria “Sem desjejum” é uma das três primeiras com o IMC mais elevado, correspondendo a uma média de 28,36 Kg/m². O grupo dos indivíduos que consumiram um valor energético maior devido aos alimentos categorizados como Cereais, foram os únicos com média de IMC (24,34 ± 3,71 Kg/m²) dentro da faixa da normalidade. Conclusão: Indivíduos que não realizam o desjejum tendem a ter IMC mais elevados, portanto não sendo um hábito efetivo para os indivíduos que pretendem perder peso. O consumo de alimentos fonte de cereais durante esta refeição pode estar associado à IMC menores.

Referências

- Ávila, A.L.V. Obesidade. In: Isosaki M e Cardoso E. Manual de Dietoterapia e Avaliação Nutricional. São Paulo: Atheneu, 2004.

- Barton, B.A.; Eldridge, A.L.; Thompson, D.; Affenito, S.G.; Striegel-Moore, R.H.; Franko, D.L.; Abertson, A.M.; Crockett, S.J. The relationship of breakfast and cereal consumption to nutrient intake and body mass index: The National Heart, Lung, and Blood Institute Growth and Health Study. Journal of the American Dietetic Association. v. 105. nº9. 1383-1389. 2005.

- Castro, M.B.T.; Anjos, L.A.; Lourenço, P.M. Padrão dietético e estado nutricional de operários de uma empresa metalúrgica do Rio de Janeiro. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro. v. 20. n. 4. 2004.

- Cho, S.; Dietrich, M.; Brown, C.J.P.; Clark, C.A.; Block, G. The effect of breakfast type on total daily energy intake and body mass index: results from the third national health and nutrition examination survey (NHANES III). Journal of the American college of Nutrition. v. 2. nº 4. p. 296-302. 2003.

- Ministério da Saúde. Análise da estratégia global para alimentação saudável, atividade física e saúde. Documento n° 596, 2004.

- Ministério da Saúde. Obesidade é o alvo da campanha “Pratique saúde”. Disponível em: [Acessado em 15/07/2007].

- Pinheiro, A.R.O.; Freitas, S.F.T.; Corso, A.C.T. Uma abordagem epidemiológica da obesidade. Revista de Nutrição, 2004; 17(4):523-33.

- Song, W.O.; Chun, O.K.; Obayashi, S.; Cho, S.; Chung, C.E. Is consumption of breakfast associated with body mass index in US adults?. Journal of the American Dietetic Association. v. 105. nº 9. p. 1373-1382. 2005.

- Vieira, V.C.R.V.; Priore, S.E.; Ribeiro, S.M.R.; Franceschini, S.C.C. Aterações no padrão alimentar de adolescentes com adequação pôndero-estatural e elevado percentual de gordura corporal. Revista Brasileira de Saúde Materno-infantil. Recife. v. 5. nº 1. 93-102. 2005.

- Williams, P. Breakfast and the diets of Australian adults: An analysis of data from the 1995 National Nutrition survey. International Journal of Food Sciences and Nutrition. v. 56. nº 1. p. 65-79. 2005.

- World Health Organization. Obesity: preventing and managing the global epidemic. Report of a WHO Consultation on obesity. Geneva, 1998.

- TACO - Tabela Brasileira de Composição de Alimentos / NEPA-UNICAMP- Versão II. 2. ed. -- Campinas, SP: NEPA-UNICAMP, 2006.113p.

Publicado
2012-01-14
Como Citar
Souza, S. M. de, Ferrari, C. N., Pascotini, C., & Navarro, F. (2012). Relação entre o í­ndice de massa corporal e o tipo de desjejum de pacientes de um consultório de nutrição. RBONE - Revista Brasileira De Obesidade, Nutrição E Emagrecimento, 1(3). Recuperado de https://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/32
Edição
v. 1 n. 3 (2007)
Seção
Artigos Cientí­ficos - Original

Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:

  • Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
  • Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capí­tulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
  • Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citaçao do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).