Consumo alimentar segundo a classificação NOVA e excesso de peso em pessoas com osteoartrose do joelho
Resumo
Objectivo: Investigar o consumo alimentar segundo o grau de processamento em pessoas com osteoartrose do joelho (OAJ). Materiais e Métodos: Estudo transversal com uma amostra não probabilística de doentes com OAJ e em tratamento fisioterapêutico e nutricional numa Clínica Escola de Fisioterapia. Os participantes foram sujeitos a uma avaliação sociodemográfica, dietética e antropométrica. O consumo alimentar foi avaliado através de um questionário de frequência de consumo alimentar e foi analisado de acordo com a classificação NOVA dos alimentos. A avaliação da associação entre o excesso de peso e o OAJ foi realizada através da análise de regressão correlação e regressão linear. Resultados: O grupo dos alimentos frescos contribuiu com 59,5% do consumo energético, seguido respetivamente pelo grupo dos alimentos processados (18,9%), alimentos ultraprocessados (13,0%) e ingredientes culinários (8,3%). A percentagem média de consumo nos quatro grupos de processamento de alimentos foi superior entre os que tinham excesso de peso. Na análise de regressão linear foi identificado que um maior consumo de energia proveniente de alimentos processados esteve relacionado com um aumento do IMC dos participantes (ß=0,440; p-valor=0,001) enquanto o consumo de alimentos frescos, minimamente processados e preparações culinárias à base destes alimentos esteve relacionada com a redução (ß=-0,263; p-valor=0,038) no mesmo. Conclusão: Os resultados apresentados indicam que o consumo de alimentos ultraprocessados foi baixo na amostra avaliada, apesar da maioria apresentar um elevado índice de massa corporal, o que nos faz supor que outras variáveis podem estar a influenciar este resultado, como por exemplo, a osteoartrite e a idade elevada que favorece o sedentarismo.Referências
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