Associação entre estado nutricional, horas de consumo de tela e de atividade fí­sica em adolescentes

  • Josiele Fidencio Associação Educacional Luterana Bom Jesus (IELUSC), Joinville-SC, Brasil.
  • Marilyn Gonçalves Ferreira Associação Educacional Luterana Bom Jesus (IELUSC), Joinville-SC, Brasil.
  • Sandra Ana Czarnobay Associação Educacional Luterana Bom Jesus (IELUSC), Joinville-SC, Brasil.
  • Vanessa Meurer Campos Associação Educacional Luterana Bom Jesus (IELUSC), Joinville-SC, Brasil.
Palavras-chave: Adolescentes, IMC, Atividade física, Tempo de tela, Hábitos alimentares, Estado nutricional, Antropometria

Resumo

O objetivo desta pesquisa foi associar as horas de consumo de tela e de atividade fí­sica com o IMC de escolares adolescentes de uma escola privada de Joinville-SC. Materiais e Método: Os participantes foram selecionados por amostragem probabilí­sticas de conveniência. Foram avaliados em relação ao indicador antropométrico (IMC/idade), o consumo alimentar através de um Questionário de Frequência Alimentar e ao tempo de consumo de tela e atividade fí­sica. Os dados foram tabulados no Microsoft Excel Office 2010 e analisados segundo a estatí­stica descritiva. Resultados: Do total de adolescentes (n=47) investigados todos estudantes de uma escola privada de Joinville/SC. Em relação a avaliação antropométrica, segundo IMC/idade, a média das meninas encontrou-se no percentil P50 com média de IMC de 18,26 kg/m2; e os meninos encontraram-se entre os percentis P50 e P85 com média de IMC de 19,65 kg/m2. Cerca de 80,85% dos adolescentes faziam lanches entre as principais refeições (almoço e jantar); 46,80% realizavam quatro refeições diárias; 25,53% cinco ou mais refeições diárias; 27,65% duas/três refeições diárias. Destacaram-se, no ambiente escolar, o consumo de bolachas recheadas (27,65%), frutas (23,40%), salgados assados (23,40%). Foi observado que 51,06% dos adolescentes investigados ficavam mais de três horas assistindo televisão, brincando no game ou navegando na internet. Segundo a OMS o consumo de alimentos com elevada densidade energética é maior enquanto se está em frente à TV, ví­deo game e internet. Conclusão: Os resultados obtidos contribuíram para conhecer o estado nutricional da população investigada, e os fatores que podem condiciona-los.

Referências

-Barreto, A.G.S.; Silva, M.I.; Gabriel, N.V.A.; Pereira, S.M.G. Hábitos obesogênicos e prevalência de obesidade em população adulta na Bahia. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São Paulo. Vol. 3. Núm. 14. p. 165-174. 2009. Disponível em: <http://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/143>

-Brasil. Ministério da Saúde. Vigilância Alimentar e Nutricional-SISVAN: orientações básicas para a coleta, processamento, analise dos dados e informação em serviços de saúde. Brasília. Ministério da Saúde. 2011.

-Carvalho, C.A.; Simão, M.T.J.; Fonseca, M.C.; Andrade, R.G.; Ferreira, M.S.G.; Silva, A.F.; Souza, I.P.R.; Fernandes, B.S. Consumo de energia e macronutrientes no lanche escolar de adolescentes de São Luís, Maranhão, Brasil. Caderno de Saúde Coletiva. Vol. 22. Núm. 2. p. 212-217. 2014.

-Enes, C.C.; Slater, B. Obesidade na adolescência e seus principais fatores determinantes. Revista Brasileira Epidemiologia. Vol. 13. Núm. 1. p. 163-171. 2010.

-Farias, E.S.; Guerra-Junior, G.; Petroski, E.L. Estado nutricional de escolares em Porto Velho, Rondônia. Revista de Nutrição. Vol. 21. Núm. 4. p. 401-409. 2008.

-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE). Pesquisa Nacional de Saúde de Escolar 2009 (PeNSE). Avaliação do estado nutricional dos escolares do 9° ano do ensino fundamental: municípios das capitais e Distrito Federal. Rio de Janeiro. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas. 2010.

-Mishima, F.K.T, Barbieri, V. O brincar criativo e a obesidade infantil. Scielo Brasil. Vol. 14. Núm. 3. p. 249-255. 2009.

-Mello, E.D.; Luft, V.C, Meyer, F. Obesidade infantil: como podemos ser eficazes? Jornal de Pediatria. Vol. 80. Núm. 3. p. 173-182. 2004.

-Nozaki, V.T.; Tanaka, R.A. Perfil Nutricional e Consumo Alimentar de Adolescentes Participantes do Núcleo de Pratica de Atletismo. Revista Saúde e Pesquisa. Vol. 2. Núm. 3. p. 371-377. 2009.

-Pegolo, G.E.; Silva, M.V. Estado Nutricional de Escolares da Rede Pública de Ensino de Piedade, SP. Segurança Alimentar e Nutricional. Vol. 15. Núm. 1. p. 76-85. 2008.

-Silva, G.A.P.; Balaban, G.; Motta, M.E.F.A. Prevalência de Sobrepeso e Obesidade em Crianças e Adolescentes de Diferentes Condições Socioeconômicos. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil. Vol. 5. Núm. 1. p. 53-59. 2005.

-Vasconcellos, M.B.; Anjos, L.A.; Vasconcellos, M.T.L. Estado nutricional e tempo de tela de escolares da Rede Pública de Ensino Fundamental de Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. Caderno de Saúde Pública. Vol. 29. Núm. 4. p. 713-722. 2013.

-World Health Organization(WHO). Growth reference data for 5-19 years. 2007.

Publicado
2018-08-16
Como Citar
Fidencio, J., Ferreira, M. G., Czarnobay, S. A., & Campos, V. M. (2018). Associação entre estado nutricional, horas de consumo de tela e de atividade fí­sica em adolescentes. RBONE - Revista Brasileira De Obesidade, Nutrição E Emagrecimento, 12(72), 535-541. Recuperado de https://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/744
Seção
Artigos Cientí­ficos - Original