Associação entre sintomas indicativos de disbiose intestinal e consumo alimentar em acadêmicos do curso de nutrição
Abstract
O padrão alimentar dos universitários é caracterizado usualmente pelo excesso de industrializados, sódio e açúcar, e essa alimentação inadequada pode desencadear alterações gastrointestinais. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi relacionar o consumo alimentar com sintomas indicativos de disbiose intestinal em alunos de nutrição em uma instituição de ensino superior em Belo Horizonte. Trata-se de um estudo transversal e descritivo com acadêmicos de ambos os sexos. Foram aferidos peso, altura e circunferência da cintura, além de dados de saúde e atividade física. O consumo alimentar de 3 dias não consecutivos foi realizado através de recordatórios 24h. Sintomas indicativos de disbiose foram avaliados através dos sintomas de trato gastrointestinal presentes no Questionário de Rastreamento Metabólico e o tipo de fezes foi avaliado através da Escala de Bristol. Foram avaliados 48 alunos (81,3% mulheres). Homens apresentaram um consumo médio de água maior que as mulheres (P=0,004). Sobre o funcionamento intestinal, 22,9% disseram ter constipação e 2,1% relataram diarreia, sem diferenças entre homens e mulheres (p=0,651). No rastreamento metabólico para os sintomas indicativos de disbiose, o somatório mediano foi 3 (0–21), sendo maior entre mulheres (p=0,040). Na análise de correlação, houve associação positiva entre o somatório nos sintomas de disbiose com a quantidade de lipídios ingeridas (r=0,312, p=0,031) e com a quantidade de lipídios por quilograma de peso corporal (r=0,306, p=0,035). Assim, esta pesquisa demonstrou uma boa prevalência de sintomas sugestivos de disbiose em estudantes de nutrição e associação entre consumo de lipídios com a severidade desses sintomas, principalmente entre as mulheres.
Riferimenti bibliografici
-Alves, B.K.R.B.; Santos, L.C.; Sousa, P.V.L.; Santos, G.M.; Barros, N.V.A. Prevalência de sinais e sintomas sugestivos de disbiose intestinal em acadêmicos de uma instituição de ensino superior. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São Paulo. Vol. 14. Num. 87. 2020. p. 588-597.
-Anjos, L.A.; Souza, D.R.; Rossato, S.L. Desafios na medição quantitativa da ingestão alimentar em estudos populacionais. Revista de Nutrição. Vol. 22. Num. 1. 2009. p.151-161.
-Aquino, F.D.M.; Costa, C.R.; Aguiar, D.X.; Costa, N.M. Prevalência da constipação intestinal em acadêmicos de medicina de uma instituição particular do estado de Tocantins, Brasil. Revista Ciências em Saúde. Vol. 10. Num. 2. 2020. p.63-68.
-Belizario, J.; Faintuchi, J. Microbiome and gut dysbiosis. Experientia Supplementum. Vol. 109. 2018. p.459-476.
-Breit, S.; Kupferberg, A.; Rogler, G.; Hasler, G. Vagus nerve as modulator of the brain-gut axis in psychiatric and inflammatory disorders. Frontiers in Psychiatry. Vol.9. 2018. p.44.
-Carnauba, R.A.; Baptistella, A.B.; Paschoal, V. Nutrição clínica funcional: uma visão integrativa do paciente. Diagnóstico e Tratamento. Vol. 23. Num. 1. 2018. p.28-32.
-Conrado, B.A.; Souza, S.A.; Mallet, A.C.T.; Souza, E.B.; Neves, A.S.; Saron, M.L.G. Disbiose Intestinal em idosos e aplicabilidade dos probióticos e prebióticos. Cadernos UniFOA. Vol. 36. Num. 36. 2018. p. 71-78.
-Costa, D.A.L.; Salomon, A.L.R.; Carmo, S.G.; Fortes, R.C. Prevalência de sinais e sintomas de disbiose intestinal em indivíduos obesos atendidos em uma instituição de ensino de Brasília-DF. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São Paulo. Vol. 13. Num. 79. 2019. p. 488-497.
-Craig, C.L.; Marshall, A.L.; Sjostrom, M.; Bauman, A.E.; Booth, M.L.; Ainsworth, B.E.; Pratt, M.; Ekelund, Ulf; Yngve, A.; Sallis, J.F.; Oja, P. International Physical Activity Questionnaire: 12-country reliability and validity. Medicine and Science in Sports and Exercise. Vol. 35. Num.8. 2003. p.1381-1395.
-Domingues, G.S.; Conter, L.F.; Andersson, G.B.; Pretto, A.D.B. Perfil e práticas alimentares de acadêmicos do curso de nutrição. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São Paulo. Vol. 13. N. 77. 2019. p.46-53.
-Ferreira, E.G.; Araujo, M.C. Disbiose Intestinal em estudantes do curso de nutrição de uma universidade da grande Florianópolis. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São Paulo. Vol. 14. Num. 90. Suplementar 1. 2020. p.1240-1248.
-Fisberg, R.M.; Slater, B.; Marchioni, D.M.L.; Martini, L.A. Inquéritos alimentares: métodos e bases científicos. Manole. 2005. 334p.
-Galdino, J.J.; Oselame, G.B.; Oselame, C.S.; Neves, E.B. Questionário de rastreamento Metabólico voltado a disbiose intestinal em profissionais de enfermagem. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São Paulo. Vol. 10. Num. 57. 2016. p.117-122.
-Garcia-Montero, C.; Fraile-Martines, O.; Gomez-Lahoz, A.M.; Pekarek, L.; Castellanos, A.J.; Noguerales-Fraguas, F.; Coca, S.; Guijarro, L.G.; Garcia-Honduvilla, N.; Asunsolo, A.; Sanchez-Trujillo, L.; Lahera, G.; Bujan, J.; Monserrat, J.; Alvarez-Mon, M.; Alvarez-Mon, M.A.; Ortega, M.A. Nutritional componentes in Western diet versus Mediterranean diet at the gut microbioma-immune system interplay. Implications for health and disease. Nutrients. Vol. 13. Num. 2. 2021. p. 699.
-Jacobine, T.A. Disbiose intestinal e nível de atividade física: um estudo com estudantes de nutrição de um centro universitário no interior de Pernambuco. TCC Bacharelado em nutrição. Universidade Federal de Pernambuco. Vitória de Santo Antão. 2019.
-Jones, D.S. Textbook of Functional Medicine. Gig Harbor, WA: The Institute for Functional Medicine. 2006.
-Machate, D.J.; Figueiredo, P.S.; Marcelino, G.; Guimaraes, R.C.A.; Hiane, P.A.; Bogo, D.; Pinheiro, V.A.Z.; Oliveira, L.C.S.; Pott, A. Fatty acids diets: regulation of gut microbiota composition and obesity and its related metabolic dysbiosis. International Journal of Molecular Sciences, Vol. 21. Num. 11. 2020. p. 4093. 2020.
-Marconato, M.S.F.; Silva, G.M.M.; Frasson, T.Z. Hábito alimentar de universitários iniciantes e concluintes do curso de nutrição de uma Universidade do interior Paulista. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São Paulo. Vol. 10. Num. 58. 2016. p.180-188.
-Melo, B.R.C.; Oliveira, R.S.B. Prevalência de disbiose intestinal e sua relação com doenças crônicas não transmissíveis em estudantes de uma instituição de ensino superior de Fortaleza–CE. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. Vol. 12. Num. 74. 2018. p. 767-775.
-NeuHannig, C.; Regis, C.P.; Soika, J.H.; Quintanilha, V.A.B.; Bussolotto, L.T.; Vicentini, M.S.; Bello, S.R.B. Intestinal dysbiosis: correlation with current chronic diseases and nutritional intervention. Research, Society and Development. Vol. 8. Num. 6. 2019. p. e25861054.
-Ojo, O.; Feng, Q.Q.; Ojo, O.O.; Wang, X.H. The role of dietary fiber in modulating gut microbiota dysbiosis in patients with type 2 diabetes: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Nutrients. Vol. 12. Num.11. 2020. p. 3239.
-Perez, N.B.; Dorsen, C.; Squires, A. Dysbiosis of the gut microbiome: a concept analysis. Journal of Holistic Nursing. Vol. 38. Num. 2. 2020. p. 223-232.
-Pinheiro, A.B.V.; Lacerda, E.M.A.; Benzecry, E.H.; Gomes, M.C.S.; Costa, V.M. Tabela para avaliação do consumo alimentar em medidas caseiras. Rio de Janeiro. 6ª edição Editora Atheneu. 2023. 164p.
-Ramos, A.C. Disbiose intestinal e estado nutricional: um estudo com discentes de nutrição de um centro universitário no interior de Pernambuco. TCC Bacharelado em nutrição. Universidade Federal de Pernambuco. Vitória de Santo Antão. 2019.
-Saad, R.J.; Rao, S.S.C.; Koch, K.L.; Kuo, B.; Parkman, H.P.; McCallum, R.W.; Sitrin, M.D.; Wilding, G.E.; Semler, J.R.; Chey, W.D. Do stool form and frequency correlate with whole-gut and colonic transit? Results from a multicenter study in constipated individuals and healthy controls. American Journal of Gastroenterology. Vol. 105. Num. 2. 2010. p.403-411.
-Slater, B.; Philippi, S.T.; Marchioni, D.M.L.; Fisberg, R.M. Validação de questionários de frequência alimentar - QFA: considerações metodológicas. Revista Brasileira de Epidemiologia. Vol. 6. Num.3. 2003. p.200-208.
-Sousa, A.K.R.; Miranda Júnior, R.N.C.; Silva, W.C.; Silva, C.O.; Melo, D.R.; Soares, B.S.; Silva, L.N.S.; Silva, M.G.S.; Mendes, R.C. Avaliação do consumo alimentar e prevalência de constipação Intestinal em estudantes do curso de nutrição. Unoesc & Ciência. Vol. 10. Num. 2. 2019. p.115-122.
-Tomaz, C.F.S. A importância da nutrição na disbiose e saúde intestinal: revisão de literatura. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Vol. 1. Num. 5. 2020. p.93-103.
-World Health Organization. Obesity - preventing and managing the global epidemic. Report of a WHO consultation on obesity. Genebra. 2000. 253p. (Technical Report Series, No.894).
-World Health Organization. Physical status: the use and interpretation of anthropometry. Genebra. 1995. 452p.
Copyright (c) 2025 Sue Ellen Aparecida Gaipo, Jussara de Cassia Menezes, Barbara Ferreira de Almeida, Mariah Meireles Costa, Marcio Leandro Ribeiro de Souza

Questo lavoro è fornito con la licenza Creative Commons Attribuzione - Non commerciale 4.0 Internazionale.
Gli autori che pubblicano in questa rivista accettano i seguenti termini:
Gli autori mantengono i diritti d'autore e concedono alla rivista il diritto di prima pubblicazione, con l'opera contemporaneamente concessa in licenza con una licenza di attribuzione Creative Commons BY-NC che consente la condivisione dell'opera con riconoscimento della paternità dell'opera e pubblicazione iniziale in questa rivista.
Gli autori sono autorizzati ad assumere ulteriori contratti separatamente, per la distribuzione non esclusiva della versione dell'opera pubblicata su questa rivista (es. da pubblicare in un repository istituzionale o come capitolo di libro), con riconoscimento della paternità e pubblicazione iniziale in questa rivista .
Gli autori sono autorizzati e incoraggiati a pubblicare e distribuire il loro lavoro online (ad es. in archivi istituzionali o sulla loro pagina personale) in qualsiasi momento prima o durante il processo editoriale, poiché ciò può generare cambiamenti produttivi, nonché aumentare l'impatto e la citazione del pubblicato lavoro (Vedi L'effetto dell'accesso aperto).